quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O despertar da liberdade

Quando, em 1434, um tipógrafo de Nuremberg, de nome Johanes Gensfleish - que logo será chamado de Gutenberg - dá os últimos retoques na primeira prensa de impressão com caracteres móveis, sua invenção passa desapercebida.
Quando, em 1441, ele a aperfeiçoa graças a uma tinta que permite imprimir os dois lados do papel, ainda ninguém diz nada.
Quando, em 1448, junto com dois sócios, ele substitui os caracteres de madeira por metálicos, ninguém se interessa por isso.
Em 1455, quando ele imprime uma Bíblia, nenhum eco. Quando, em 1457, publica o primeiro livro impresso - O Salmista de Mogúncia - tudo começa a ser divulgado. É um novo objeto fabricado em série, o primeiro objeto nômade: o livro impresso. Em 30 anos ele revolucionará a sociedade européia.
A Igreja acha que ele favorecerá o latim e a difusão da fé cristã. Nomeia-o "coroa de todas as ciências", arte divina, escolhido pelo "Eterno para encontrar o povo e dialogar com ele". De fato, as duas obras mais impressas na Europa até o final do século, especialmente em 1492, são a Bíblia e uma gramática latina redigida na França.
No entanto, a imprensa rapidamente escapa dos seus primeiros mestres e se torna o instrumento dos civis contra os religiosos, das línguas vernáculas contra o latim, da ciência contra a fé. Em dez anos, comerciantes e intelectuais criam tipografias por toda parte. Em 1480, já existe mais de uma centena na Europa. Dez milhões de exemplares de 40 mil títulos vão sair das prensas. Isto torna possível a circulação de textos filosóficos. Ao estimular a literatura de viagem, o livro fornece as bases dos descobrimentos; ao favorecer as línguas nacionais, conduz ao abandono do latim e ao despertar dos nacionalismos.
Outra invenção das grandes, completamente desapercebida, acelera o desenvolvimento da leitura: os óculos. Os primeiros datam de 1285, quando vidraceiros italianos constatam que os vidros convexos corrigem a visão dos idosos. Em meados do século XV, aparecem também os óculos para miopia...

Texto extraído do livro de Jacques Attali: "1492 - Os acontecimentos que marcaram o início da Era Moderna", da editora Nova Fronteira.
Amanhã vou postar aqui mais um trecho do livro. Vai ser bacana, pois o título será também um convite: "Pensar".

Abraços,
Helio.

15 comentários:

rafael benatti disse...

belo texto ....
E assim que as coisas acontecem...

rafael benatti disse...

E assim que as coisas acontecem...
que tudo acontece...

Cíntia 7 º E disse...

Oii...
Acho que este texto mostra exatamente como a igreja católica influência naquela época.Mesmo Gutenberg ter feito diversas e incríveis invenções para aquela época, apenas ao escrever um texto ligado a igreja que consegue ficar conhecido.Pela igreja achar isso a ajudaria, sem mais, não seria possível suas invenções terem sidas descobertas e mostradas pelo mundo.
Bem,esta é a minha opinião,não sei se está correta, mas...
Beijos e Abraços,
Cíntia

Mateus Giunti 7°G disse...

Oi Hélio, esse texto mostra que as pessoas tem que se sacrificar para que as pessoas possam reconhecê-las, pois Gutemberg teve várias invenções e só depois de muito tempo que ela foram reconhecidas!As pessoas deveriam ter um pouco mais de valor pelo que as outras pessoas fazem por elas!!Um abreço, Mateus Giunti.

Gabi e Mel 7°D disse...

Olá Helio!!!
É, de fato, um lindo texto, como todos disseram!!
Mostra bem, como as coisas aconteceram, para termos, hoje, a mordomia que temos!!

hihi...um BEIJAO da...
GABI E DA MEL!!!7°D...

Anônimo disse...

Oi Helio!!
Adoreeeeei o texto!!!
Beijos...
Giovanna Neris 7°C

Gabriel DIniz 7ºG disse...

Olá Hélio, bom texto, só achei um pouco estranho como se deveria imprimir algo naquela época, você tinha que montar o livro na prensa ou ela já ia mudando os caracteres sozinha, e achei também muito bom dessa técnica ter escapado da mão da igreja, pois senão, a Terra ainda era o centro do mundo e a mesma seria quadrada e inatravessável. E pensar que antigamente era tão diferente!!

Gabriel Diniz, 7ºG

##_THIAGO_## disse...

OI HÉLIO adorei o texto pois ele complementa exatamente o que você escreveu no caderno


TCHAU
THIAGO

Anônimo disse...

Oi Hélio,
adorei o texto pois mostra como as coisas aconteceram e complementa o que vs passou em sala de aula
Um beijo CAROL 7A

Carol disse...

Oi Hélio,
adorei o texto pois mostra como as coisas aconteceram e complementa o que vs passou em sala de aula
Um beijo CAROL 7A

Mariana 7ºG disse...

Oi Hélio!
Achei muito legal esse texto pois demontra que Gutenberg foi aperfeiçoando sua criação até ser reconhecida depois de muitos anos, e foi uma inovação para a época!

Fernanda R. Barbosa. 7°G disse...

Oii Helio

Adorei o texto achei ele muito interessante e percebi que as pessoas tinham que fazer um sacrificio enorme para que as outras pessoas possam reconhece-las.Tambem achei super estranho o modo de impressão daquela época.
Adorei saber um pouco sobre isso.

Um beijo
Fernanda R. Barbosa 7°g

Pedro Kiipper disse...

Hélio,
Gostei muito mais fiquei um pouco cofuso como eles imprimiam e usavam uma prensa mas... se você falar um pouco mais sobre isso na aula eu poderei vir a entender

Abraços Pedro Kiipper 7ºG

Gabriel 7°A disse...

Muito bom esse texto e o blog tambem!!! ó e eu coloquei ele no caderno viu !!! (*|__|*)

Anônimo disse...

Muito Bom texto Hélio, também muito organizado o blog ^_^

Abaço!


Rafael. 7ºA