domingo, 31 de julho de 2011

Florença!


Duomo di Firenze - criação de Brunelleschi

A República de Florença conquista a hegemonia da cultura italiana, domina a região da Toscana, tem a sua disposição os portos de Pisa e Livorno. Sua burguesia obtém lucros importantes vindos do comércio com Veneza e investe em construções arquitetônicas grandiosas.
Em Florença, desenvolveu-se o platonismo – uma corrente do pensamento humanista que dá ênfase ao cultivo e a criação do belo através da arte como exercício de virtude e de profunda adoração a Deus. Isto aparece de forma marcante nas obras de Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Rafael e Brunelleschi.
Florença é tida como o berço do movimento renascentista e a noção de renascimento tal como a entendemos hoje, é estabelecida pelo historiador suíço Jacob Burckhardt (1818-1897) em seu livro “A cultura do Renascimento na Itália” (1867), que define o período como de grande florescimento do espírito humano, espécie de "descoberta do mundo e do homem".
No final do século XV, a França invadiu a Itália e as cidades resistiram com ajuda dos Espanhóis e Alemães, além dos recursos da Igreja. A queda de Florença seria terrível para o humanismo, para o respeito às liberdades e iniciativas individuais que eram marcas da civilização de Florença. O historiador Nicolau Sevcenko afirma que foi esse o medo que levou Maquiavel a escrever o seu “O Príncipe”, uma espécie de manual de política prática, destinado a instruir um estadista sobre como conquistar o poder e como mantê-lo indiferente às normas da ética cristã tradicional.

Procure saber mais sobre o Renascimento. Este é um exercício importante para entender como se forjou um novo olhar sobre o homem e o mundo ao seu redor. A novidade é o que nos movimenta o pensamento. Procure por ela. Sempre!


Abraço!

Veneza!


Imagem aérea de Veneza nos dias de hoje

O historiador Jacob Burckhardt , em seu livro "A cultura do Renascimento na Itália", descreve Veneza como uma cidade inexpugnável (que não se pode vencer, tomar, conquistar pela força das armas) mesmo em uma Itália dilacerada pelos bárbaros. Ao final do século XV, a cidade de pouco mais de 190 mil habitantes, tinha cúpulas antiqüíssimas, torres inclinadas, fachadas incrustadas de mármore, onde os adornos de ouro ocupavam todos os espaços disponíveis. Negócios de todo mundo eram feitos na grande praça central e nas ruas que convergiam para ela, em lojas, armazéns sem fim e estalagens. Em seus canais repousam embarcações de frotas carregadas de vinho e óleo, descarregadas por carregadores e levadas por mercadores. Havia instituições públicas como hospitais e órgãos administrativos funcionando regularmente como em nenhum outro lugar da Europa. Mesmo o sistema de pensões era administrado para atender perfeitamente as viúvas e os órfãos – isto foi conseguido com riqueza, segurança política e conhecimento do mundo, adquiridos pelos venezianos. Tudo isso fez com que Veneza sobrevivesse até mesmo aos mais duros golpes como, por exemplo, as constantes guerras contra os turcos e a descoberta do caminho marítimo para as Índias Orientais pelos portugueses e espanhóis, o que desviou parte do comércio que por ali passava.
Os Venezianos entendiam ter entre seus objetivos gozar o poder e a vida, ampliar o legado dos antepassados e abrir constantemente novos mercados. Este estilo de vida apenas confirma a história dos Polo, desde o estabelecimento do tio de Marco Polo em Constantinopla até as viagens de Marco Polo ao reino de Kublai Khan, como vimos no nosso curso de história, no bimestre passado. E aqui fica meu desejo para que você se lembre e leve com você esta e outras histórias...
Pense Veneza como uma cidade que pode ser comparada às outras tantas que você, de alguma forma, conhece ou vai conhecer. As cidades são intrigantes e únicas. Escreva sobre elas sempre que puder e estará estudando sua história.
Abraço!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Na direção do passado que foi Moderno!


"O Nascimento de Vênus" - Sandro Botticelli, 1483.

O século XVI tem características muito especiais, a maior parte da Europa ainda vive sob as condições da Idade Média, mas os ventos da mudança sopram na direção do horizonte que se apresenta no Oceano Atlântico!
A difusão da invenção da imprensa de tipos móveis faz os livros circularem e, com eles, o conhecimento, a cultura e a possibilidade de crítica diante das diversas realidades existentes na Europa.
E as novidades são tantas que é difícil apontá-las neste pequeno texto. Contudo, é possível que nos impressionemos diante do movimento dos artistas italianos, da opulência de Veneza e Florença, da força de movimentos como o Humanismo, a Reforma e a Contrarreforma que vão mexer com a Igreja Católica. Tudo isso tentou fazer a razão ocupar o lugar onde esteve assentado o poder do cristianismo, em boa parte da Idade Média.
Tudo isso acontece ao mesmo tempo em que a Europa descobre e coloniza um continente: a América.
Ao nos reencontrarmos na escola, vamos aproveitar o impulso que o comércio deu à Europa para se mover e juntos estaremos caminhando na direção da Idade Moderna. Não perca este “trem” da história.

Abraço!

E para quem quiser saber mais sobre esta pintura de Botticelli, indico o blog abaixo:

http://valiteratura.blogspot.com/2011/03/botticelli-e-escola-florentina-do.html

Clica e vai!