terça-feira, 25 de maio de 2010

Cidade Renascentista

Catedral de Duomo - construída no século XIV, bem no centro da cidade, mistura os estilos renascentista e gótico.

A seguir, reproduzo aqui um texto da aluna Isabela Segalla, que cursou o sétimo ano em 2008:

"As cidades do Renascimento pareciam labirintos. Para as pessoas, Deus era, ainda, o centro de suas preocupações e, por isso, a igreja ocupava um lugar de destaque nas cidades.
A muralha nas cidades representava a prosperidade e, ao mesmo tempo, o medo. A segurança era muito importante para qualquer camada social. As cidades geralmente eram construídas em terrenos montanhosos. Estradas feitas de pedras marcavam o caminho dos soldados romanos num tempo do passado.
A palavra cidade é usada há muito tempo para caracterizar esse aglomerado de moradores. Antigamente, construir e morar em uma cidade era ser diferente, o comum era morar no campo. A cidade tornava o homem livre, um ser livre. Ele estava distante do trabalho pesado do campo, da condição de servo de um senhor feudal. Na cidade o homem podia criar laços com outras pessoas que não eram seus primos ou irmãos. Poderia freqüentar uma escola, ter um ofício.
Os moradores de uma cidade conviviam com pessoas de várias origens como comerciantes, peregrinos, soldados, viajantes e podiam ter acesso às mercadorias que chegavam de navio ou por carroças do Oriente luxuoso.
As cidades nem sempre foram constantes na história ocidental. Muitas desapareceram com a queda do Império Romano, mas a partir do ano 1000 há o reaparecimento de grandes cidades como Londres que em 1850 era considerada gigantesca com 2,5 milhões de moradores. Paris, na mesma época, tinha 1,8 milhão de habitantes.
Na Itália, as cidades tornavam-se emancipadas da Igreja ou de nobres pela iniciativa de homens importantes do lugar. A partir daí as cidades cresceram e surgiram instituições administrativas, militares e diplomáticas. E o mais importante: nasce a consciência cívica, ou seja, existe uma ligação moral e sentimental entre os moradores e a cidade."

É, sem dúvida, um bom texto. Escrito a partir das impressões sobre o livro "Cidades Renascentistas" da professora Tereza Aline, da Universidade de São Paulo - USP. E nossa ferramenta aqui também é muito bacana, porque podemos hoje conversar com o texto da aluna. Fazer perguntas ou continuar essa escrita de onde ela parou. Para isto, fica aqui o nosso convite, meu e da Isabela...

domingo, 9 de maio de 2010

Um bom momento para começar é sempre o agora!

Difícil enxergar a estrada? Ela se confunde com o horizonte que não há? É uma questão de olhar para ver? Ou será que, antes de a trilharmos, a estrada não exista mesmo? Se não há caminhos, talvez os devêssemos construir...

Salve alunada!

Este é um espaço para bons encontros e, até agora, o blogueiro aqui esteve aguardando o momento de um bom começo. Mas o momento ideal não existe. Não existe justamente por que é um ideal. Portanto, decidi pelo momento presente que, afinal, é o que temos. Já que o passado, assim como o futuro, não nos é acessível. Li uma vez que temos apenas uma sucessão de momentos presentes. Acredito nisso.
Para este bom começo com os alunos de 2010, escolhi um mestre querido de muitos alunos da USP, que faziam filas para conseguir uma vaga em seu curso de história. Falo do historiador Nicolau Sevcenko e trago, para este nosso encontro, um trecho do livro “O Renascimento” para abrir nossa discussão sobre a passagem da Idade Média para a Moderna:



“No período entre os séculos XI e XIV, o Ocidente Europeu assistiu a um processo de ressurgimento do comércio e das cidades. O estabelecimento de contatos constantes e cada vez mais intensos com o Oriente, inicialmente através das Cruzadas e em seguida pela fixação ali de feitorias comerciais permanentes, garantiu um fluxo contínuo de produtos, especiarias e sobretudo um estilo de vida novo para a Europa. A criação desse eixo comercial, reforçada pelo crescimento demográfico, pelo desenvolvimento da tecnologia agrícola e pelo aumento da produção nos campos europeus, dava origem a novas condições que tendiam a progressivamente, em conjunto com outros fatores estruturais internos, dissolver o sistema feudal que prevalecera até então.”


(SEVCENKO, Nicolau. “O Renascimento”. São Paulo: Atual, 1994)



Agora você pode, se quiser, comentar o que leu ou então responder a questão “O que é o sistema feudal que o professor Nicolau se referiu no texto?” Assim, podemos abrir um novo canal de comunicação entre nós todos do sétimo ano, com o objetivo de dar sentido ao que discutimos em sala de aula. Lembre que, de alguma maneira, esta é mais uma forma de se apropriar do conhecimento e este, é o que realmente interessa na sua vida de aluno-estudante.


Abraço,
Helio de Moraes.