quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Cuba Libre!

Para os alunos dos 12ºs anos:


O processo de independência de Cuba deixou marcas profundas. A formação do Estado está ligada, por um lado, ao comando do intelectual José Marti, mas por outro ao auxílio direto das tropas norte-americanas. A inserção dos norte-americanos nesse processo marcou a criação de um laço político que pretendia garantir os interesses Estadunidenses na ilha. A criação da Emenda Platt assegurava o direito de intervenção dos Estados Unidos no país.

Essa situação contribuiu para a instalação de um Estado fragilizado e subserviente. Cuba sofreu várias ocupações militares norte-americanas, até que, na década de 1950, o general Fulgêncio Batista empreendeu um regime ditatorial apoiado pelos EUA.

A população sofria com graves problemas sociais que contrastavam com o luxo e a riqueza existente nas casas de prostituição e cassinos destinados a uma minoria privilegiada e norte-americanos de férias. O governo de Fulgêncio era marcado pela negligência às necessidades básicas da população e a brutalidade com a qual reprimia seus inimigos políticos.

Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto Guevara, comandaram o grupo de 80 homens que instalou diversos focos de luta contra as forças do governo. Entre 1956 e 1959, utilizando a técnica da guerrilha, os revolucionários conscientizaram várias cidades do território cubano, venceram batalhas na Sierra Maestra e entraram em Havana depois de depor o governo de Fulgêncio Batista.

O novo governo era pautado pela luta por uma sociedade mais justa e buscava a melhoria das condições de vida do povo cubano. Defendia a realização de uma ampla reforma agrária e o controle governamental sob as indústrias do país, contrariando os interesses dos Estados Unidos.  O governo de Washington suspendeu as importações do açúcar cubano e Fidel Castro, analisando a correlação de forças existente por conta do período da Guerra Fria e da Coexistência Pacífica, buscou apoio do bloco soviético para suprir as necessidades imperativas do povo cubano.

O governo de Kennedy, rompeu as ligações diplomáticas com Cuba. No início de 1961, houve uma tentativa de golpe de Estado: um grupo reacionário treinado pelos EUA tentou instalar uma guerra civil, mas foi derrotado no episódio chamado de invasão da Baía dos Porcos. Após o incidente, o governo Fidel Castro estreitou as relações com a URSS e passou a definir Cuba como uma nação socialista.

Para que a nova configuração política cubana não servisse de exemplo para outras nações latino-americanas, os EUA criaram um pacote de ajuda econômica conhecido como “Aliança para o Progresso”. Em 1962, a União Soviética tentou transformar a ilha em um importante ponto estratégico com uma suposta instalação de mísseis apontados para o território estadunidense. A “crise dos mísseis” significou treze dias de suspense mundial devido ao medo de uma possível guerra nuclear, até que Kruschev, após conseguir secretamente uma futura retirada dos mísseis estadunidenses da Turquia, concordou em remover os mísseis de Cuba.

Com isso, o governo cubano acabou aprofundando sua dependência com as nações socialistas e, durante muito tempo, sustentou sua economia por meio dos auxílios e vantajosos acordos firmados com a União Soviética. Nesse período, bem-sucedidos projetos na educação e na saúde estabeleceram uma sensível melhoria na qualidade de vida da população. Entretanto, a partir da década de 1990, a queda do bloco socialista exigiu a reformulação da política econômica do país.

2 comentários:

Anônimo disse...

Primavera Árabe explicada
http://www.youtube.com/watch?v=sCDRWEpz5d8

Julia disse...

Olá, Hélio, sou uma aluna do 12C e estou com uma duvida sobre a matéria da prova semestral: Eu consultei meus amigos para saber quais os capítulos do livro que iriam cair na prova, e eles me falaram que seriam o 13, 14 e 19. Mas existem outros capítulos que você já mencionou nas aulas, como o 15, que fala do Getúlio Vargas (eu acho). Eu gostaria de confirmar se realmente serão apenas esses três capítulos. Obrigada!