quarta-feira, 16 de março de 2011

Quem tem medo do Islamismo?


Imagem da Caaba, em Meca.

A idéia de que o islamismo está associado à intolerância e à violência é contrariada pelo próprio significado do Islã, uma palavra que deriva de salaam, ou seja, paz, no idioma árabe.

Muçulmano é todo aquele que se submete voluntariamente à vontade de Deus e assim está em paz consigo mesmo, com a sociedade ao seu redor e com Deus. A primeira palavra que o muçulmano diz pela manhã é salaam e a saudação entre muçulmanos é Assalamu Alaikum (Que a paz esteja sobre vós!), com a resposta Alaikum Assalam (E sobre vós a paz!). A paz é o que norteia esta religião, e não a guerra, o terrorismo.

Depois de estudar o mundo árabe, no curso de história do 7º ano, você é capaz de explicar o que faz com que parte do mundo ocidental identifique o Islã como uma religião que promove a violência?

Vamos lá... faça tentativas na busca de uma escrita de sua autoria!

Abraço!

domingo, 13 de março de 2011

Diante da tragédia, a reflexão!


Foto: Arte/IG

Mais do que ver as imagens do Japão, é preciso trazer o debate para rotas de fuga no campo das idéias. Num momento como este, a tragédia de Lisboa, em 1775, nos vem à mente: assim como no Japão, ocorreu um grande terremoto seguido de um tsunami. Ondas de 20 metros de altura varreram a cidade. O norte da África também sofreu estragos naquela época. Os iluministas do século XVIII, preocupados com o uso da razão, debateram muito sobre como o homem teria responsabilidade ao romper a harmonia da natureza. Eles já pensavam e discutiam sobre o fato de que a natureza não construiu as cerca vinte mil casas de seis andares, que ruíram com o terremoto. Alguns achavam que, se as pessoas se organizassem e se tivessem consciência de seus limites humanos, poderiam minimizar os danos diante da força da natureza.
Parece que esta reflexão ficou no passado. Parece que pouca gente tenta fazer este debate nos dias de hoje. Como é possível que as sociedades de hoje construam grandes cidades nas bordas das placas tectônicas e ao redor de vulcões?
Assisti a um filme, na semana passada, em que um garoto americano que fazia trakking na região dos Cânions, nos E.U.A., diz a respeito das rochas e fendas do lugar o que parece que ninguém quer saber: “tudo está se movendo, sempre!”
O fundo dos mares são locais de grande atividade e mesmo assim os governos constroem usinas nucleares em locais de alto risco como esta que explodiu agora no Japão.
Mesmo sem Kant, Voltaire, Goethe ou Rousseau, que eram contemporâneos ao que ocorreu em Lisboa, precisamos ser capazes de propor outra reflexão que não seja somente a da cobertura espetacularizante que as televisões nos impõem. A cobertura dos acontecimentos é de 24 horas por dia e parece que isto dilui a nossa capacidade de pensar. Será então que não poderíamos saber que isto, mais cedo ou mais tarde, iria ocorrer? Vamos culpar a natureza? Vamos construir mais usinas nucleares e chamar de "limpa" a energia que elas produzem? Vamos ficar estarrecidos e surpresos, diante da medição da escala Richter e do número de vítimas? Será que podemos mesmo ocupar todo o planeta sem pagar este preço altíssimo que as cidades japonesas estão pagando agora?

Abraço!