quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Rousseau e a desigualdade.

Aos alunos dos 11ºs anos:




O filósofo brasileiro Bento Prado Jr., faz uma leitura sobre o Iluminista Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) e encontra um autor para o qual a "força da linguagem não está na sua capacidade de reproduzir com fidelidade idéias, sentimentos, coisas, mas nos seus efeitos sobre quem ouve".

Esta idéia, publicada pela Folha de São Paulo em 06/09/2008, pode nos servir para reforçar a imagem que está presente no "Discurso sobre a origem das desigualdades entre os homens".

Podemos pensar que foi o efeito sobre os outros, da força da fala daquele que primeiro cercou um pedaço de terra e disse "isto é meu!", encontrando, segundo Rousseau, pessoas suficientemente fracas para acreditar nisso, a origem das desigualdades entre os homens.

O efeito é aquilo que se causa ao outro. Neste episódio imaginado por Rousseau, os outros homens que dão ouvidos áquele que diz ser sua a terra, não foram fortes para dizer que o fruto da terra não é de um só, que a terra, portanto, é de todos. Talvez se o tivessem feito, estaríamos aqui hoje falando do efeito que esta última fala teve sobre a origem da igualdade entre os homens.

Comente este texto. A discussão sobre a desigualdade entre os homens pode fazer parte dos debates atuais ou está muito bem localizada no âmbito do Iluminismo?

3 comentários:

Anônimo disse...

De fato Rousseau é um dos grandes filósofos que pensava mais para o lado social que o mundo já teve...

Patrick De Simone 11 ano disse...

Rousseau e seus conceitos são atemporais por causa da adoção do sistema capitalista quase em todo globo... se existisse uma sociedade mais igualitária ( não necesariamente socialista ), talvez seus conceitos nao poderiam ser usados atualmente.

Daniel Büttner disse...

A propriedade coletiva é a chave para o desenvolvimento humano...