Para os alunos do 11º ano,
Os italianos tinham a tradição. Eram navegadores há muito tempo, seus pilotos e mapas eram muito respeitados. Mas os portugueses e espanhóis é que foram "empurrados" em direção ao Atlântico.
O caso de Portugal é emblemático: expandiu-se devido à pobreza agrícola! Na agricultura vivia apenas da produção de vinho e azeitonas, isto porque não havia muito mais o que fazer em suas terras pouco férteis.
Havia, além da produção de sal e a pesca, uma nobreza persistente, ambiciosa e ávida por uma solução para a falta de terras. O comércio com as Índias transformou-se no alicerce da economia do Estado Moderno português. As dificuldades para manter este comércio, desde a tomada de Constantinopla pelos turcos, era um problema de difícil solução.
A saída foi então o Atlântico e as aventuras marítimas...
Do que você leu e estudou até aqui, é possível se aventurar e nos dar mais alguma informação sobre as Grandes Navegações?
3 comentários:
Prof. Hélio
Apesar do desenvolvimento da expansão marítima portuguesa ser grande, o enriquecimento do Estado não era, de fato, real. Isso é explicado por não terem recursos humanos o suficiente e de seu lucro interno ser baixo (terras inférteis, matéria escassa). Logo o dinheiro investido nas navegações vinham de empréstimos de outros Estados e no final, Portugal ficava na dependência, tendo que pagar suas dividas. Portanto, não era acumulado capital para investimentos internos. Em "Os Lusíadas" na parte "O velho de Restelo" é criticado justamente isso, onde o Estado "larga" o interior para sustentar seus vícios de expansão. Talvez seja por isso que Portugal não segurou as toneladas de ouro levadas do Brasil Colonial.
Estou certo?
Matheus 11C
A questão de Portugal não ter acumulado o ouro da época da mineração no Brasil Colônia também se deve ao Tratado de Methuen, também chamado de Tratado de Panos e Vinhos, de 1710, pelo qual Portugal vendia a produção de vinho para a Inglaterra e em troca se comprometia com a compra dos tecidos ingleses. Isso produziu um déficit na balança comercial portuguesa devido aos altos preços das manufaturas inglesas.
Muito bom o seu comentário!
Abraço!
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