A seguir, uma edição, em duas partes, do último capítulo do
livro "A Idade Média explicada aos meus filhos", do medievalista que
é referência central da corrente historiográfica conhecida como "Nova
História":
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O NASCIMENTO DA EUROPA (Parte I)
A Idade Média é, portanto, um longo período: aqueles que não
acreditam que ela se prolongue até o final do século XVIII, como eu penso, com
o nascimento da indústria moderna e a Revolução Francesa, admitem, no entanto,
geralmente, que ela se estenda por dez séculos, do V ao XV - mil anos!
Esse longo período conservou o nome que lhe foi dado pelo
Renascimento e que tinha, no começo, um sentido pejorativo: vimos que algumas
pessoas, ainda hoje, consideram a Idade Média como uma época cruel ou
tenebrosa, ao mesmo tempo violenta obscura e ignorante. Sabemos, atualmente,
que essa imagem é falsa, mesmo que tenha existido uma Idade Média da violência:
não apenas conflitos e guerras entre grupos e países, mas violências contra
judeus, com o começo do anti-semitismo, e repressão contra os rebeldes aos
ensinamentos da Igreja, aqueles que eram chamados de “hereges”, por meio da
Inquisição. As cruzadas, evidentemente, também fazem parte do balanço negativo.
Mas a Idade Média foi também, acho até que principalmente,
um grande período criativo. Podemos ver isso nos domínios da arte, das
instituições, sobretudo das cidades (por exemplo, nas universidades), ou ainda
no campo do pensamento – a filosofia que chamamos de “escolástica” atingiu
altos patamares do saber. Também vimos até que ponto a Idade Média criou
“lugares de encontro” comerciais e festivos (as feiras, as festas), que
continuam a nos inspirar.
Paro hoje por aqui. Já deu para reconhecer algumas idéias
vistas em aula, não é?
Até o final da semana retomo esta escrita.
Abraço!
Até o final da semana retomo esta escrita.
Abraço!
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