Egito:uma semana depois da queda de Hosni Mubarak – o mais espetacular dos eventos alcançados pelos manifestantes nessa onda de revolta árabe – milhares de pessoas voltaram à praça Tahrir para celebrar o feito (ver foto abaixo). A manifestação pode ser compreendida como um sinal de alerta às forças armadas que tomaram o poder com a saída de Mubarak. Depois de derrubar um regime de 30 anos, em 18 dias de protestos, os egípcios sabem que sua revolução ainda não terminou até que o poder provisório dê lugar a um governo com regras bem claras.
A Irmandade Muçulmana tornou-se muito mais moderada do que quando foi perseguida por Hosni Mubarak. No passado lutou contra a ocupação britânica, foi contrária à violência, mobilizou milhões de seguidores através de ONGs e sindicatos. Para a maioria dos egípcios, a Irmandade Muçulmana poderia trazer estabilidade ao país.
Está claro que os militares não pensam da mesma forma. O apoio de Washington é fundamental, pois envia anualmente 1,3 bilhão de dólares em ajuda econômica ao Egito e tais remessas continuarão caso o secretário de Estado americano seja convencido de que o governo egípcio não está sob o domínio de uma organização terrorista.
A insurgência na Líbia contra o governo de Muamar Kadafi, desde 1969 no poder, teve início em 13 de fevereiro de 2011. Com a participação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o país vive desde então uma situação de Guerra Civil. Os rebeldes tomaram a capital Trípoli e Kadafi foi capturado e morto.
Veja abaixo um quadro que mostra a falta de alternância no poder entre os países do chamado Mundo Árabe:
Bibliografia consultada
● Revista Política Externa. Volume 20, número 1.
Repercussões da Primavera Árabe. Universidade de São Paulo. Instituto de
Estudos Econômicos e Internacionais. São Paulo, 2011.
● VISENTINI, Paulo Fagundes. A primavera Árabe – Entre a Democracia e a Geopolítica do Petróleo.
Porto Alegre: Leitura XXI, 2012.
Um comentário:
O interessante sobre a Primavera
Árabe (e da Idade Contemporânea em geral)é de que, no final de contas, a historia acaba sendo feita, e não contada. Espero que assim que os governos de transição acabarem, o povo do Mundo Árabe possa, enfim, escolher políticos. Não qualquer politico profissional, mas sim eleger o povo, e que a justiça seja feita. Posts muito interessantes, ficou legal mesmo Hélio.
Lucas Bavaresco 8°A
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