domingo, 6 de fevereiro de 2011
Nossa herança nos foi deixada sem nenhum testamento
Castelo de Montalegre, norte de Portugal. Construção de 1270, atribuído ao rei D. Henrique III.
"Nossa herança nos foi deixada sem nenhum testamento".
Este pensamento é de um francês que viveu quatro anos na Resistência Francesa, lutando contra o nazismo, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Seu nome é René Char.
Minha intenção com a frase de René Char, é convidá-los a pensar sobre a história que nos foi deixada como herança, e que, no entanto, temos poucas pistas do que fazer afinal com ela...
Nosso primeiro tema do ano é a Europa Medieval. Antes de falar da Europa faço a escolha de significar a Idade Média. Este período que tem seu início quando o último imperador romano é expulso de Roma e substituído por um rei bárbaro, Odoacro, em 476 depois de Cristo.
A bela Idade Média se estende por quase mil anos, é muitas vezes simbolizada por castelos como o de Montalegre, e tem seu término ligado à tomada da cidade de Constantinopla pelos turcos otomanos, fato que incentiva os comerciantes europeus numa busca por rotas alternativas para acessar as riquezas que vinham do Oriente.
Vamos juntos, então, nos provocar mutuamente e inventar caminhos possíveis para tornar a história mais viva em nossas vidas?!
Se você tem dúvidas sobre o que leu aqui, faça uma pergunta na forma de um comentário. Eu terei prazer de conversar contigo neste espaço de encontro, que agora é nosso.
Que aqui tenhamos bons encontros!
Abraço!
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6 comentários:
Olá professor Helio :).O blog esta realmente muito bacana, falando sobre o conteúdo que estudaremos no 7º ano, principalmente sobre a Idade Média! Gostaria de opinar sobre a história... acho que ela é escrita e reescrita por quem vence, por exemplo: quando alexandre conquistou grande parte da Ásia e Europa ele escreveu a história, quando o povo venceu a revolução francesa eles escrevarem e reescreveram a hitória, o mesmo com Ottavio e o governo de Roma, e quem sabe a história não é rescrita pelos egipcios nos dias de hoje? Parabéns pelo brog professor, coninue com ele :)
Lucas Bavaresco 7ºC
Olá Lucas,
Seu comentário é muito pertinente. Você tem razão: muitas vezes a história é escrita pelos vencedores. Muitos historiadores já abordaram este tema e verificaram a necessidade de dar voz aos que não foram representados nos processos históricos: as minorias, os excluídos, os refugiados políticos, as populações indígenas, entre outros.
É isso aí, meu caro. Você está mostrando muita capacidade de entender e criticar o que debatemos em aula.
Espero você aqui mais vezes!
Abraço!
Olá Hélio achei muito interessante a imagem da castelo , pois quando falou da idade média , achei que eles fizessem castelos menos elaborados .
Mas afinal , não vamos ser etnoscentristas , está muito bom .
E Hélio eu tenho uma pergunta :
"Houve muitas renovações da idade média para a conteporânea
bjs Letícia 7°ano B
Olá Prof. Helio, aqui é o Prof. Pedro, de Ensino Religioso. Ao falar do período que compreende a Idade Média, você se refere a ele como sendo uma "época bela". Eu concordo com você em gênero, número e grau. Contudo, nós dois sabemos que também são aplicados a grande parte desse período outras expressões, as vezes depreciativas (idade das trevas, etc). Sendo assim, gostaria de fazer algumas perguntas: como é possível que estudiosos pertencentes a uma única área do saber (Historia) possam divergir tanto quando o objeto de análise é o mesmo? Poderíamos dizer que a Historia é uma área do conhecimanto na qual nada é definitivo? A "relatividade" aparente nos posicionamentos dos estudiosos podem significar que existe uma inestabilidade na propria ciência em questão? Bom, vou encerrando os meus questionamentos com a última pergunta (a mais importante): contribuiu para as visões depreciativas desse período a noção da Filosofia como devendo ser subordinada à Teologia?
Leia esses trechos da Encíclica "Fides et Ratio", que parecem indicar o contrário sobre esse período histórico:
"... a fé requer que o seu objecto seja compreendido com a ajuda da razão; por sua vez a razão, no apogeu da sua indagação, admite como necessário aquilo que a fé apresenta".
"A estrita conexão entre a sabedoria teológica e o saber filosófico é uma das riquezas mais originais da tradição cristã no aprofundamento da verdade revelada. Por isso, exorto-os a recuperarem e a porem em evidência o melhor possível a dimensão metafísica da verdade, para desse modo entrarem num diálogo crítico e exigente quer com o pensamento filosófico contemporâneo, quer com toda a tradição filosófica, esteja esta em sintonia ou contradição com a palavra de Deus. Tenham sempre presente a indicação dum grande mestre do pensamento e da espiritualidade, S. Boaventura, que, ao introduzir o leitor na sua obra Itinerarium mentis in Deum, convidava-o a ter consciência de que - a leitura não é suficiente sem a compunção, o conhecimento sem a devoção, a investigação sem o arrebatamento do enlevo, a prudência sem a capacidade de abandonar-se à alegria, a actividade separada da religiosidade, o saber separado da caridade, a inteligência sem a humildade, o estudo sem o suporte da graça divina, a reflexão sem a sabedoria inspirada por Deu - ".
Olá Pedro,
A história admite sua instabilidade. É uma área do conhecimento em que nada é definitivo sim! E não é assim em todos os solos epistemológicos? É possível fazer perguntas para todos os fatos e processos históricos e buscar novas respostas.
Sobre a Idade Média, quem criou a idéia pejorativa sobre o período foram os homens do século XVI, que se viam como o renascimento da cultura greco-latina. Para eles, tudo o que estivesse entre o seu tempo e a Antiguidade Clássica era apenas um hiato, um intervalo, para usar as palavras do historiador medievalista Hilário Franco Júnior.
Bacana você aparecer por aqui para conversar! Seja bem-vindo, professor!
Abraço!
oi aqui é o felipe 7ºb achei muito bacana a foto do castelo!parece que vamos estudar tudo da I.M
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