Catedral de Duomo - construída no século XIV, bem no centro da cidade, mistura os estilos renascentista e gótico.
A seguir, reproduzo aqui um texto da aluna Isabela Segalla, que cursou o sétimo ano em 2008:
"As cidades do Renascimento pareciam labirintos. Para as pessoas, Deus era, ainda, o centro de suas preocupações e, por isso, a igreja ocupava um lugar de destaque nas cidades.
A muralha nas cidades representava a prosperidade e, ao mesmo tempo, o medo. A segurança era muito importante para qualquer camada social. As cidades geralmente eram construídas em terrenos montanhosos. Estradas feitas de pedras marcavam o caminho dos soldados romanos num tempo do passado.
A palavra cidade é usada há muito tempo para caracterizar esse aglomerado de moradores. Antigamente, construir e morar em uma cidade era ser diferente, o comum era morar no campo. A cidade tornava o homem livre, um ser livre. Ele estava distante do trabalho pesado do campo, da condição de servo de um senhor feudal. Na cidade o homem podia criar laços com outras pessoas que não eram seus primos ou irmãos. Poderia freqüentar uma escola, ter um ofício.
Os moradores de uma cidade conviviam com pessoas de várias origens como comerciantes, peregrinos, soldados, viajantes e podiam ter acesso às mercadorias que chegavam de navio ou por carroças do Oriente luxuoso.
As cidades nem sempre foram constantes na história ocidental. Muitas desapareceram com a queda do Império Romano, mas a partir do ano 1000 há o reaparecimento de grandes cidades como Londres que em 1850 era considerada gigantesca com 2,5 milhões de moradores. Paris, na mesma época, tinha 1,8 milhão de habitantes.
Na Itália, as cidades tornavam-se emancipadas da Igreja ou de nobres pela iniciativa de homens importantes do lugar. A partir daí as cidades cresceram e surgiram instituições administrativas, militares e diplomáticas. E o mais importante: nasce a consciência cívica, ou seja, existe uma ligação moral e sentimental entre os moradores e a cidade."
É, sem dúvida, um bom texto. Escrito a partir das impressões sobre o livro "Cidades Renascentistas" da professora Tereza Aline, da Universidade de São Paulo - USP. E nossa ferramenta aqui também é muito bacana, porque podemos hoje conversar com o texto da aluna. Fazer perguntas ou continuar essa escrita de onde ela parou. Para isto, fica aqui o nosso convite, meu e da Isabela...
terça-feira, 25 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Helio, gostaria de saber se está tudo bem com você ? Fiquei sabendo do que ocorreu por meio da Denise, que nos informou. Bom, quero te desejar melhoras e pode ter certeza de que estou mandando pensamentos positivos. Boa Recuperação, Amanda Ferrari 7F
Olá Amanda!
Eu estou bem. Me recupero da melhor forma possível e em breve volto às aulas.
Obrigado pela preocupação e o carinho de sempre. Não respondi antes sua mensagem por não poder digitar, mas agora as coisas estão voltando ao normal.
Grande abraço,
Helio.
“As cidades do Renascimento pareciam labirintos.” Helio, gostaria de entender porque as cidades pareciam labirintos, por causa da grande quantidade de muralhas, ou das estradas feitas de pedras? Também gostaria de entender esta consciência cívica, que a aluna cita no final. Obrigada, melhoras! Sophia Mori 7°F
Olá Sophia,
As cidades perecem labirintos, por terem ruas estreitas, por não obedecerem um lógica: as ruas faziam curvas e não eram paralelas umas às autras. Como em um labirinto podemos imaginar que era muito fácil perder a noção de direção ao caminhar nas cidades da época do renascimento, para quem não as conhecia bem.
Sobre o civismo, citado no texto da Isabela, trata-se de uma relação entre o indivíduo e a cidade. Com a presença mais evidente do poder púplico, quer dizer, prédios administrativos, funcionários do reino e regras estabelecidas mais claramente, as pessoas na cidade começam a conhecer o que vai ser a cidadania, começam a pensar em direitos e deveres.
Espero ter ajudado até aqui. Preciso dizer que achei muito pertinentes as suas dúvidas e agradeço a sua participação, ok!
Obrigado e um abraço,
Helio.
Muito interessante esse texto, estou estudando para o vestibular e me alegrei de perceber a forma que expôs as informações. Só de ler já percebemos que escreve(ela e vc) com paixão pela história! Continuem assim ^ ^
Postar um comentário