É uma triste coincidência: bem nos dias que estamos voltando nosso olhar sobre os índios brasileiros, eles viram capa dos principais jornais devido à morte de Claude Lévis-Strauss.
Veja abaixo, um pouco da repercussão na Folha de São Paulo de hoje sobre o assunto.
"O antropólogo francês Claude Lévi-Strauss [pronuncia-se Clôde Lêvi Strôss] morreu na madrugada do último sábado para domingo, a menos de um mês do seu 101º aniversário. O funeral e enterro do antropólogo já foram realizados discretamente, a pedido da família, que não queria a presença da imprensa.
Filho de franceses, o antropólogo nasceu em Bruxelas, na Bélgica, em 1908. Tímido, era apaixonado por música clássica, especialmente óperas. Lévi-Strauss lançou as bases da antropologia moderna.
Partiu de Marselha, em 1935, em direção a um Brasil desconhecido. Em 1936, pesquisou os caudiuéus e os bororo e, em 1938, os nambiquara.
O antropólogo participou do grupo de professores franceses que ajudou a criar, nos anos 30, a Universidade de São Paulo, símbolo de certa modernidade brasileira e ainda hoje a melhor instituição de ensino e pesquisa no país.
O contato de Lévi-Strauss com diferentes populações indígenas do país, em expedições ao então remoto oeste brasileiro na segunda metade da década de 1930, forneceram material rico, bom para pensar, que contribuiria decisivamente para sua obra futura.
Esse "Brasil" com que tanto aprendeu Lévi-Strauss é constituído justamente pelos brasileiros que, ao longo de todo o século 20, o país teimou em esconjurar, em negar -o Brasil das dezenas de grupos indígenas que não desapareceram e que, pesquisas demográficas recentes demostram, voltou a crescer e está aí para ficar."
CÍNTIA CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS.
RAFAEL CARIELLODA
REPORTAGEM LOCAL
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Hélio, achei super interessante saber q ele fundou a USP, pois amanha terei q fazer a prova de MAt-OPM, nela, kk...
Sò fiquei curioso em saber de uma coisa, de que, como... ele morreu, foi assassinado, doença (qual...)
Gabriel Diniz 7°G
Olá Gabriel,
Em primeiro lugar, quero falar da alegria que senti ao saber que você conquistou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Matemática! Eu diria que você é demais!
E sobre o Lévi-Strauss, ele sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.
Abraço!
Hélio, obrigado, e a princípio pensava que tinham assassinado-o, por isso fiquei curioso...
Hélio, achei muito interessante !!!
Um beijo, Gabrielle
Postar um comentário