domingo, 19 de maio de 2013

Veneza de hoje!

Alunos do 11º ano,


Imagem aérea de Veneza nos dias de hoje

O historiador Jacob Burckhardt , em seu livro "A cultura do Renascimento na Itália", descreve Veneza como uma cidade inexpugnável (que não se pode vencer, tomar, conquistar pela força das armas) mesmo em uma Itália dilacerada pelos bárbaros. Ao final do século XV, a cidade de pouco mais de 190 mil habitantes, tinha cúpulas antiqüíssimas, torres inclinadas, fachadas incrustadas de mármore, onde os adornos de ouro ocupavam todos os espaços disponíveis. Negócios de todo mundo eram feitos na grande praça central e nas ruas que convergiam para ela, em lojas, armazéns sem fim e estalagens. Em seus canais repousam embarcações de frotas carregadas de vinho e óleo, descarregadas por carregadores e levadas por mercadores. Havia instituições públicas como hospitais e órgãos administrativos funcionando regularmente como em nenhum outro lugar da Europa. Mesmo o sistema de pensões era administrado para atender perfeitamente as viúvas e os órfãos – isto foi conseguido com riqueza, segurança política e conhecimento do mundo, adquiridos pelos venezianos. Tudo isso fez com que Veneza sobrevivesse até mesmo aos mais duros golpes como, por exemplo, as constantes guerras contra os turcos e a descoberta do caminho marítimo para as Índias Orientais pelos portugueses e espanhóis, o que desviou parte do comércio que por ali passava.
Os Venezianos entendiam ter entre seus objetivos gozar o poder e a vida, ampliar o legado dos antepassados e abrir constantemente novos mercados. Este estilo de vida apenas confirma a história dos Polo, desde o estabelecimento do tio de Marco Polo em Constantinopla até as viagens de Marco Polo ao reino de Kublai Khan, como vimos no nosso curso de história, no bimestre passado. E aqui fica meu desejo para que você se lembre e leve com você esta e outras histórias...
Pense Veneza como uma cidade que pode ser comparada às outras tantas que você, de alguma forma, conhece ou vai conhecer. As cidades são intrigantes e únicas. Escreva sobre elas sempre que puder e estará estudando sua história.
Abraço!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Esquema de lousa: Grécia Antiga

Olá alunos do 10º ano,

Vejam um esquema que organiza os acontecimentos e ajuda à pensar a Grécia Antiga:


1. Grécia Antiga – ATENAS, GUERRAS MÉDICAS, GUERRA DO PELOPONESO E O IMPÉRIO MACEDÔNICO.
2. MUNDO GREGO – ATENAS
Descendentes dos Jônios. Escapou das invasões dóricas por sua posição geográfica. Contava com um porto natural (Pireu) que permitiu um desenvolvimento comercial.
Economia: Modo de produção escravista.  Primeiramente a base econômica era a agricultura, posteriormente o comércio desempenhou papel relevante.
3. SOCIEDADE ATENIENSE
– Eupátridas: bem-nascidos;
- Georgois: agricultores;
- Thetas: Marginalizados/Miseráveis;

4. REFORMAS JURÍDICAS
- Drácon (624 a.C.) Tornou público um registro escrito das leis.
- Sólon (591 a.C.) Eliminou a escravidão por dívidas. Criou a Bulé com representantes de todas as regiões da pólis. Criou a Eclésia = Assembléia popular que aprovava as leis da Bulé. Helieu = Tribunal de Justiça. Mas estas reformas não solucionaram os problemas.
- Psístrato = Promoveu um golpe impondo uma Tirania. Governou entre 546 e 527 a.C. Seus filhos Hiparco e Hipias também governaram. Hipias foi deposto em 510 a.C.
- Clítenes chegou ao poder e implantou a democracia. Governou entre 510 a 507 a.C. Com a crise social equilibrada por meio da política de Clístenes, posteriormente Péricles pôde governar (entre 463 - 431 a.C.) uma Atenas forte politicamente.
5. DEMOCRACIA ATENIENSE (ver conteúdo tratado em aula).
6. OSTRACISMO (entender como funcionava esse mecanismo).
7. Período Clássico. (Séc. V ao IV a.C.)  Apogeu:  Gregos enfrentaram e venceram a guerra contra os persas. Decadência:  As várias guerras civis enfraqueceram os gregos, permitindo que estes fossem invadidos pela Macedônia.
8. GERRAS MÉDICAS - Gregos X Império Persa. Medos (habitantes da Média, como era conhecida antiga Pérsia). 1° Batalha de Maratona (setembro de 490 a.C.)  Esparta e Atenas não aceitaram um acordo com o Império Persa.  Imperador Persa, Dario I enviou 50 mil soldados para a região de Maratona.  Gregos: 11 mil soldados (10 mil hoplitas infantaria e 1 mil de uma cidade próxima). Posição do Relevo vantajosa para os Gregos. Tradição: Soldado mensageiro correu 42 km para informar o resultado da guerra.
9. GERRAS MÉDICAS - Após 11 anos temos o segundo conflito: 479 a.C. = Xerxes retomou as ações contra os gregos.  Exército pelo norte com 300 mil homens. Esquadra de 1 mil navios pelo sul (composta por fenícios). Persas enfrentam forças espartanas nos desfiladeiros de Termopilas (combate onde o general Leônidas morreu ao lado de 300 homens). Persas ocupam Atenas já evacuada. Gregos massacram a frota persa na Batalha de Salamina (suprimentos estavam nos navios persas). Xerxes e seus generais batem em retirada.
10. GUERRA DO PELOPONESO - Liga de Delos (477 a.C.) Liderados por Atenas. Pagavam tributos para financiar um poderoso Exército (aliança militar anti-persa). Atenas governada por Péricles (Sobrinho de Clístenes) passou por crescimento econômico. Construção do Parternon.  Com o fim da guerra contra os persas (448 a.C.) Atenas exigiu que as cidades-membros da liga continuassem pagando os tributos. Apogeu de Atenas, tornou-se conhecida como a “Escola de Atenas”.
11. GUERRA DO PELOPONESO - Liga do Peloponeso. Liderada por Esparta. 431 a.C. = Guerra do Peloponeso. 404 a.C. – Fim da guerra, com a vitória Esparta torna-se a mais poderosa cidade. 371 a.C. – Cidade de Tebas colocou fim a hegemonia espartana.  Esparta e Atenas fazem aliança para derrotar Tebas.  362 a.C. = A Grécia estava arruinada. 338 a.C. = Felipe II conquista a Grécia.  Alexandre, O Grande (entre 334 a 323 a.C.) deu continuidade a expansão do Império Macedônico.
12. O grande legado cultural dos gregos:
- Língua e Poesia: nossa língua está cheia de palavras derivadas do grego. Com os gregos, aprendemos a expressar nossos sentimentos por meio da poesia. Religião: mesmo sendo politeístas, os gregos imaginavam seus deuses à imagem e semelhança ao homem. Leis: as leis dos antigos gregos baseavam-se em um consenso popular, ou seja, estavam de acordo com a maioria.
- Teatro: os gregos nos passaram o gosto pelo teatro com especial ênfase às questões ligadas aos sentimentos e sofrimentos da humanidade.
- Ciências: os antigos gregos dedicavam grande parte de seu tempo na busca da compreensão dos fenômenos da natureza, pois acreditavam que o conhecimento tornaria as pessoas mais virtuosas, honestas, corajosas e bondosas.
- As Olimpíadas... Apesar de associarmos os jogos olímpicos com os esportes, os jogos da Grécia antiga eram principalmente um festival religioso para honrar a Zeus. As lendas contam que os jogos foram fundados por Hércules, que plantou uma oliveira de onde foram feitas as guirlandas dos vencedores. As primeiras olimpíadas foram realizadas em 776 a.C. com apenas uma modalidade – a corrida de 200 metros chamada de Stadion, o que nos deixou a palavra “estádio‟. Os jogos eram realizados a cada quatro anos, com o período de tempo entre os dois encontros conhecido como uma Olimpíada. Os jogos eram levados tão a sério pelos gregos que uma trégua era declarada, e estritamente respeitada, durante cada Olimpíada. Inclusive durante as Guerras do Peloponeso, os inimigos se misturavam e competiam lado a lado durante o evento. A trégua foi quebrada apenas uma vez por Esparta, que como castigo foi excluída dos jogos de 420 a.C.

Abraço!

terça-feira, 14 de maio de 2013

Questões sobre o Nazi-fascismo

Olá Alunos do 12º ano,

Vejam, abaixo, possibilidades de respostas para as questões passadas na aula de hoje:


1) Foi um sistema representativo, fundamentado no parlamentarismo, organizado na Alemanha após a sua derrota na Primeira Guerra Mundial. Mesmo cercado por diferentes setores, o novo governo não apresentou condições para superar a grave crise econômica que se desenvolvia no país. Com isso, observamos o crescimento do nazismo como uma opção política radical que viria a atrair rapidamente os anseios das classes médias e da burguesia industrial do país.

2)
 a) Podemos assinalar os seguintes pontos: A existência de um partido único que deve ser único, capaz de pensar e resolver as questões e dilemas da nação. O combate sistemático aos órgãos sindicais, vistos como grandes redutos de uma desordem que prejudica o desenvolvimento da economia nacional. O fortalecimento das instituições militares como pressuposto básico para o combate aos inimigos do Estado e a proteção dos interesses nacionais em relação aos países estrangeiros. Realização de uma massiva propaganda política capaz de incutir valores e símbolos que reconhecem o regime totalitário como algo benéfico e necessário.
b)

1 - No caso alemão, observamos o desenvolvimento de uma grave crise econômica relacionada às duras punições oferecidas pelo Tratado de Versalhes. Ao mesmo tempo, podemos indicar que a ineficácia da República de Weimar alimentou um forte sentimento de frustração com relação às tendências políticas liberais e de esquerda.

2 - Na Itália, vemos que esse mesmo desgaste foi enfrentado, já que o país não teve compensações territoriais proporcionais aos gastos investidos na Primeira Guerra Mundial. Nesse mesmo contexto, setores políticos de esquerda inflavam o cenário político com a realização de protestos pelas ruas e a deflagração de greves.

3)
a)Nacionalismo, patriotismo e soberania.

b) A Alemanha Nazista ou Terceiro Reich foi o nome adaptado no tempo em que vigorou o regime totalitário nazista (de 1933 a 1945) na Alemanha e no império formado pelas nações por ela conquistadas. O papel da guerra na política do III Reich foi garantir o espaço para a construção da nação alemã.

4) Fascismo é uma doutrina totalitária, antidemocrática e nacionalista criada por Mussolini. E os países nos quais ele conseguiu se impor como forma de governo foram: Alemanha, Espanha e Portugal.

Abraço!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Florença e o Renascimento.

Aos alunos do 11º ano,


Duomo di Firenze - criação de Brunelleschi


A República de Florença conquista a hegemonia da cultura italiana, domina a região da Toscana, tem a sua disposição os portos de Pisa e Livorno. Sua burguesia obtém lucros importantes vindos do comércio com Veneza e investe em construções arquitetônicas grandiosas.
Em Florença, desenvolveu-se o platonismo – uma corrente do pensamento humanista que dá ênfase ao cultivo e a criação do belo através da arte como exercício de virtude e de profunda adoração a Deus. Isto aparece de forma marcante nas obras de Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Rafael e Brunelleschi.
Florença é tida como o berço do movimento renascentista e a noção de renascimento tal como a entendemos hoje, é estabelecida pelo historiador suíço Jacob Burckhardt (1818-1897) em seu livro “A cultura do Renascimento na Itália” (1867), que define o período como de grande florescimento do espírito humano, espécie de "descoberta do mundo e do homem".
No final do século XV, a França invadiu a Itália e as cidades resistiram com ajuda dos Espanhóis e Alemães, além dos recursos da Igreja. A queda de Florença seria terrível para o humanismo, para o respeito às liberdades e iniciativas individuais que eram marcas da civilização de Florença. O historiador Nicolau Sevcenko afirma que foi esse o medo que levou Maquiavel a escrever o seu “O Príncipe”, uma espécie de manual de política prática, destinado a instruir um estadista sobre como conquistar o poder e como mantê-lo indiferente às normas da ética cristã tradicional.

Procure saber mais sobre o Renascimento. Este é um exercício importante para entender como se forjou um novo olhar sobre o homem e o mundo ao seu redor. A novidade é o que nos movimenta o pensamento. Procure por ela. Sempre!


Abraço!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Cronologia - Grécia Antiga

Olá Alunos  do 10º ano,

A imagem abaixo localiza no tempo a evolução das civilizações na Antiguidade...

... e o texto a seguir é uma cronologia básica da Grécia Antiga:


Formação

- Séculos XX-XVI a.C. Civilização cretense, que se expandiu por toda a bacia do Mediterrâneo oriental, possivelmente a partir da ilha de Creta.
- Séculos XVI-XII a.C. Invasões dos povos do Norte, entre eles os aqueus, e formação da civilização micênica.
- Séculos XII-X a.C. Invasão dos dórios e início da civilização grega.

Período arcaico

- Século X a.C. Teseu reúne sob sua liderança várias aldeias da Ática e funda o Estado ateniense.
- Século IX a.C. Licurgo estabelece as leis de Esparta e funda o Estado espartano.
- Séculos VIII-VI a.C. Colonização da bacia do Mediterrâneo pelos gregos.
594 a.C. Reformas de Sólon.
546 a.C. Conquista da Jônia por Ciro, rei da Pérsia.
507 a.C. Reformas de Clístenes.

Período clássico

- 492-490 a.C. Primeira guerra médica. Investida persa contra a Grécia.
- 484-479 a.C. Segunda guerra médica. Atenas, aliada à Esparta, consegue a vitória sobre os persas.
- 477 a.C. Atenas lidera um conjunto de cidades gregas, organizando a Confederação de Delos.
- 461-451 a.C. Guerra entre Esparta e Atenas.
- 431-404 a.C. Nova guerra entre Esparta e Atenas, a Guerra do Peloponeso, com vitória de Esparta.
-377-371 a.C. Guerra de Tebas e Atenas contra Esparta.
-360-337 a.C. Várias investidas de Filipe da Macedônia na Grécia, até que, em 337 a.C., os delegados das cidades gregas reunidas o elegeram generalíssimo de toda a Grécia.