Os Quatro Evangelistas - Iluminura do ano de 820, Catedral de Aachen, Alemanha.
Olá meninas e meninos de 2012. Sejam bem vindos ao blog de história!
Estamos aqui
para desconstruir o mito da Idade Média como sendo a “Idade das Trevas”. Se ela
foi uma noite, então foi a mais resplandecente!
Como vimos em nossas aulas, houve uma estreita
relação entre Carlos Magno e a Igreja no ocidente europeu. Veja que a imagem acima faz referência ao trabalho de escrita dos evangelhos (para ver a imagem em tamanho maior clique sobre a mesma). A cultura clerical
foi muito importante no movimento que ficou conhecido como Renascimento
Carolíngio. E não estou falando apenas da hagiografia.
Este texto
intenciona mostrar que Carlos Magno queria fazer com que a sabedoria necessária
à compreensão das Sagradas Escrituras não fosse muito inferior à que deveria
ser. Melhorar o nível dos cléricos significava para a Igreja oferecer serviços
religiosos mais elevados e para o Império, servidores administrativos mais
eficientes. Por isso, o movimento era concentrado nas escolas monásticas e numa
escola criada no próprio palácio imperial.
Diante de
seus objetivos, o ponto forte deste movimento não era criar, mas redescobrir,
adaptar, copiar, por isso já se disse que a Renascença Carolíngia, ao invés de
semear, entesoura!
Cada
mosteiro, com a preocupação de ter um exemplar de determinadas obras
consideradas básicas, mantinha copistas que mesmo de forma demorada e custosa trabalhavam para formar
suas bibliotecas. Avanços na forma da escrita também aconteceram: houve a busca
de uma caligrafia mais prática, cursiva, que implicasse em menos detalhes, o
que resultou no tipo de letra utilizada até hoje e chamada minúscula
carolíngia, criada no mosteiro de Saint-Martin de Tours.
Com muito
esforço a Igreja organizou diversos reservatórios de cultura intelectual, pois
quase toda igreja de importância média tinha alguma coisa entre 200 e 300
livros. Pode-se dizer que, nos séculos seguintes ao Renascimento Carolíngio,
estes acervos foram a fonte na qual a intelectualidade buscou saciar-se.
A história é
filha de seu tempo, por isso cada época tem sua Grécia, sua Idade Média e seu
Renascimento.
Este início
de conversa e este lugar de diálogo pode (e precisa!) ser utilizado
para que o conteúdo fique mais claro para vocês.
Para isso,
perguntem. Tirem suas dúvidas e façam comentários. O blog é um espaço de diálogo, de reflexão e de aprendizado
para todos nós. Espero que aqui tenhamos bons encontros...
Abraço!
Texto adaptado do livro “Idade Média. O nascimento do Ocidente”, do prof. Hilário Franco Júnior – Editora Brasiliense, 2006.
Abraço!
Texto adaptado do livro “Idade Média. O nascimento do Ocidente”, do prof. Hilário Franco Júnior – Editora Brasiliense, 2006.