terça-feira, 19 de abril de 2011

O marco fantástico de Marco Polo


Mapa retirado da revista CLIO – LA MUSA DE LA HISTORIA – Año 9 – número 108. Editada em Portugal. Clique no mapa para vê-lo ampliado.

No século XIII, a cidade de Veneza era a sede de uma poderosa República independente. Através de sua privilegiada posição geográfica, conquistou o monopólio das rotas comerciais do Mediterrâneo e do mar Negro. Naquela época, Veneza rivalizava com Gênova e a grande cidade a ser conquistada era Constantinopla, a capital do Império Bizantino, ponto comercial mais avançado no Oriente, onde mercadores cristãos adquiriram dos povos muçulmanos cobiçados produtos, como a seda, tapetes, porcelanas e especiarias.
Os venezianos fizeram uma aliança com os mongóis que eram tolerantes com os cristãos e temidos pelos árabes islâmicos. Marco Polo nasceu em uma família de mercadores venezianos. Seu tio, Mateus Polo, tinha uma casa de comércio em Constantinopla. Na companhia do tio e de seu pai, Nicolau Polo, o jovem Marco viajou para o Império de Catai (China), onde foi recebido pelo Imperador Kublai Khan. Durante 24 anos os três viajaram incessantemente pelo Oriente, cumprindo missões diplomáticas e administrativas confiadas a eles pelo próprio imperador.
Após a morte do Grande Khan, Marco retornou à sua terra natal, rico e famoso. Entrou para a marinha de Veneza e participou de uma guerra contra Gênova. Foi aprisionado pelos genoveses, onde conheceu um escritor chamado Rusticello. Este se tornou um grande amigo e organizou os relatos de Marco Polo num documento que foi, durante quase 600 anos, a única fonte de informações sobre o Oriente: O livro das Maravilhas. Marco Polo morreu em 1324, na mesma cidade em que nasceu. Pelos seus relatos fantásticos é possível dizer que teve uma vida cheia de encontros que deram a ele a possibilidade de ler o mundo como poucos.
Escrevo para vocês com o intuito de incentivá-los a ler o livro proposto, não por mim, mas pelas professoras de língua portuguesa dos sétimos anos: Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino. Nesta obra é possível ter contato com os relatos de Marco Polo, que nunca pretendeu atingir o rigor científico em seus relatos, mas deixar suas impressões em episódios fantásticos e irreais, que dão conta do seu deslumbramento diante de civilizações até então desconhecidas para os europeus.
Boa leitura!
Abraço!