domingo, 29 de agosto de 2010
Para saber mais é importante ler mapas!
Notícia da Folha de São Paulo de hoje, 29 de agosto de 2010:
O Instituto de Estudos Avançados da Uiversidade de São Paulo - USP - e o projeto Dimensões do Império Português inauguram na quarta-feira, um site que reúne mapas e documentos dos séculos XVI à XIX, com registros do território brasileiro e da América do Sul. O site permite aproximar os mapas e escolher em que partes utilizar o zoom. É bem bacana! Há também uma Cartoblibliografia. Isso mesmo: as referências bibliográficas de cada mapa, o que satisfaz os mais curiosos, além de links para as principais universidades do mundo todo que disponibilizam mapas em arquivos digitais. Tudo na faixa!
O mapa acima é de autoria de Nicolau Visscher, foi publicado em Amsterdam e data de 1679.
Copie o endereço abaixo no seu navegador e conheça o site:
http://www.mapashistoricos.usp.br/
Clica e Vai!
domingo, 22 de agosto de 2010
Absolutismo na Inglaterra
A Derrota da Armada Espanhola Tela de Philippe-Jacques de Loutherbourg, 1796.
Olá turma,
Hoje vou destacar aqui o Absolutismo na Inglaterra. A seguir você pode ler o texto, que é um bom resumo do contexto histórico, e ver o trailer do filme “Elisabeth, A era de Ouro”. Acredito que este filme seja uma boa contribuição para o entendimento das relações entre os recém criados Estados Modernos na Europa.
Na passagem da Idade Média para Moderna, o processo de centralização do poder político significa o surgimento das monarquias nacionais. Os reis começam a concentrar o poder em suas mãos. Os monarcas criam suas próprias instituições, como exércitos, leis e moedas nacionais; e entre os séculos XVI e XVII se define o conceito moderno de Estado.
Na Inglaterra, os governos de Henrique VIII e de sua filha Elizabeth I, foram decisivos, pois unificaram o país, dominaram a nobreza, afastaram a interferência papa, criaram a Igreja nacional inglesa, confiscaram as terras da Igreja Católica e obtiveram êxito na disputa de domínios coloniais com os espanhóis.
Filha de Henrique VIII e Ana Bolena, Elizabeth assumiu o poder em 1558, governando a Inglaterra até 1603. Seu governo representa o apogeu do absolutismo, evitando sempre convocação do Parlamento, criado pela Magna Carta de 1215, de quem dependia a aprovação da cobrança de impostos. A Igreja Anglicana, criada na Inglaterra por Henrique VIII, que mesclava características católicas e calvinistas, foi utilizada com sabedoria pela rainha, que valorizando o conteúdo calvinista, pressionava a nobreza (de maioria católica), ao mesmo tempo em que obtinha apoio da burguesia (de maioria calvinista).
Elizabeth I demonstrou todo seu poder, quando mandou decapitar sua prima católica Mary Stuart, rainha deposta da Escócia, apoiada pelo papa e pelo rei FilipeII, da Espanha. Em 1558, ao destruir a Invencível Armada enviada pelos espanhóis, cuja imagem acima faz referência, contribuiu para o início da hegemonia inglesa na navegação e no comércio internacional com o estímulo para construção naval, resultando num grande avanço econômico, com destaques para indústria de tecidos de lã e para exploração das minas de carvão.
Minhas sugestões, a partir de agora, são as seguintes: tire suas dúvidas aqui no blog sobre o absolutismo - este é nosso objeto de estudo; imprima ou copie o texto acima para tê-lo em seu caderno; e se gostar do trailer, faça pipoca e assista ao filme com seus pais e/ou amigos no próximo fim de semana;
É isso! Desejo a todos um bom início de semana e boas leituras de filmes e textos.
Abraço!
Olá turma,
Hoje vou destacar aqui o Absolutismo na Inglaterra. A seguir você pode ler o texto, que é um bom resumo do contexto histórico, e ver o trailer do filme “Elisabeth, A era de Ouro”. Acredito que este filme seja uma boa contribuição para o entendimento das relações entre os recém criados Estados Modernos na Europa.
Na passagem da Idade Média para Moderna, o processo de centralização do poder político significa o surgimento das monarquias nacionais. Os reis começam a concentrar o poder em suas mãos. Os monarcas criam suas próprias instituições, como exércitos, leis e moedas nacionais; e entre os séculos XVI e XVII se define o conceito moderno de Estado.
Na Inglaterra, os governos de Henrique VIII e de sua filha Elizabeth I, foram decisivos, pois unificaram o país, dominaram a nobreza, afastaram a interferência papa, criaram a Igreja nacional inglesa, confiscaram as terras da Igreja Católica e obtiveram êxito na disputa de domínios coloniais com os espanhóis.
Filha de Henrique VIII e Ana Bolena, Elizabeth assumiu o poder em 1558, governando a Inglaterra até 1603. Seu governo representa o apogeu do absolutismo, evitando sempre convocação do Parlamento, criado pela Magna Carta de 1215, de quem dependia a aprovação da cobrança de impostos. A Igreja Anglicana, criada na Inglaterra por Henrique VIII, que mesclava características católicas e calvinistas, foi utilizada com sabedoria pela rainha, que valorizando o conteúdo calvinista, pressionava a nobreza (de maioria católica), ao mesmo tempo em que obtinha apoio da burguesia (de maioria calvinista).
Elizabeth I demonstrou todo seu poder, quando mandou decapitar sua prima católica Mary Stuart, rainha deposta da Escócia, apoiada pelo papa e pelo rei FilipeII, da Espanha. Em 1558, ao destruir a Invencível Armada enviada pelos espanhóis, cuja imagem acima faz referência, contribuiu para o início da hegemonia inglesa na navegação e no comércio internacional com o estímulo para construção naval, resultando num grande avanço econômico, com destaques para indústria de tecidos de lã e para exploração das minas de carvão.
Minhas sugestões, a partir de agora, são as seguintes: tire suas dúvidas aqui no blog sobre o absolutismo - este é nosso objeto de estudo; imprima ou copie o texto acima para tê-lo em seu caderno; e se gostar do trailer, faça pipoca e assista ao filme com seus pais e/ou amigos no próximo fim de semana;
É isso! Desejo a todos um bom início de semana e boas leituras de filmes e textos.
Abraço!
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Conheça a Anistia Internacional
Reproduzo aqui notícia veiculada pelo site da Anistia Internacional, solicitando o apelo de todos para sensibilizar o governo do Irã. É uma questão de defesa dos Direitos Humanos e da luta contra a violência de gênero. Acesse o link para ler mais sobre a causa desta entidade que monitora as graves violações aos Direitos Humanos no mundo todo.
IRÃ: "REVISÃO" DA PENA DE MORTE POR APEDREJAMENTO
O Supremo Tribunal iniciou uma revisão da pena de morte de Sakineh Mohammadi Ashtiani no dia 4 de agosto: isto parece visar exclusivamente a reduzir a pressão internacional sobre as autoridades, ao adiar uma decisão sobre o método de execução. A sentença de apedrejamento continua em vigor. Envie já o seu apelo!
Rede de Ações Urgentes - Clica e vai!
http://www.br.amnesty.org/?q=node/930
domingo, 15 de agosto de 2010
Notícias da Alemanha, berço da Reforma
Olá turma,
A Reforma repercute ainda hoje. O passado não nos é acessível, mas o representamos construindo uma memória. A memória é uma produção cultural. E podemos chamar a intervenção abaixo, feita por um artista, de cultura material. Nosso curso de história tem a preocupação de lidar com essa intervenção, por que ela é também uma representação da história. Uma aproximação que buscamos fazer do nosso passado.
Cerca de 800 estatuetas coloridas de Martinho Lutero estão aparecendo na cidade de Wittenberg, no leste da Alemanha, onde há quase 500 anos ele se voltou pela primeira vez contra a Igreja Católica, dando origem à Reforma Protestante.
As peças de plástico têm 1 m de altura e vêm nas cores vermelha, verde, azul e preto. Elas são criações do artista Ottmar Hoerl, e se destinam a substituir uma estátua de Martinho Lutero que fica na praça principal da cidade, mas está em reforma.
A instalação atraiu a ira de alguns teólogos protestantes, para quem as estatuetas zombam dos feitos de Lutero. Em 2009, o artista já havia causado polêmica ao criar 1.250 anões de jardim com os braços estendidos numa saudação nazista.
Fonte: http://noticias.r7.com/internacional/noticias/800-estatuas-de-martinho-lutero-lembram-reforma-protestante-20100811.html
A Reforma repercute ainda hoje. O passado não nos é acessível, mas o representamos construindo uma memória. A memória é uma produção cultural. E podemos chamar a intervenção abaixo, feita por um artista, de cultura material. Nosso curso de história tem a preocupação de lidar com essa intervenção, por que ela é também uma representação da história. Uma aproximação que buscamos fazer do nosso passado.
Cerca de 800 estatuetas coloridas de Martinho Lutero estão aparecendo na cidade de Wittenberg, no leste da Alemanha, onde há quase 500 anos ele se voltou pela primeira vez contra a Igreja Católica, dando origem à Reforma Protestante.
As peças de plástico têm 1 m de altura e vêm nas cores vermelha, verde, azul e preto. Elas são criações do artista Ottmar Hoerl, e se destinam a substituir uma estátua de Martinho Lutero que fica na praça principal da cidade, mas está em reforma.
A instalação atraiu a ira de alguns teólogos protestantes, para quem as estatuetas zombam dos feitos de Lutero. Em 2009, o artista já havia causado polêmica ao criar 1.250 anões de jardim com os braços estendidos numa saudação nazista.
Fonte: http://noticias.r7.com/internacional/noticias/800-estatuas-de-martinho-lutero-lembram-reforma-protestante-20100811.html
Lutero e a Reforma
Começamos a semana tratando de um tema novo: a Reforma. Trago aqui um velho conhecido meu. É o texto da Ana Carolina Davoli, aluna do 7º ano de 2008. Por ter sido muito útil, vale aqui um repeteco!
"A grande Revolta
O monge Martinho Lutero não concordava com alguns pontos da Igreja. Ele elaborou 95 teses denunciando suas irregularidades. O movimento de reformas religiosas teve início no Sacro Império Romano Germânico. Entre os séculos XIV e XVI, o imperador costumava se proclamar “chefe de todos os cristãos”. Contudo, sua autoridade era restrita, pois os príncipes e bispos controlavam o poder local.
Lutero acreditava que poderia existir um mundo onde todos tivessem os mesmos direitos e condições; onde as pessoas pudessem participar dos cultos e fazer suas próprias leituras;
Muitos religiosos viviam no luxo e exploravam as crenças dos fiéis. Vendiam relíquias e indulgências com a promessa de diminuir o tempo de permanência das pessoas no purgatório. Lutero sabia que a Igreja podia melhorar e acreditava nela.
A Reforma Católica é um movimento de reação ao protestantismo. Ela precisava auto-reformar-se ou não sobreviveria. Para isso fizeram o Concílio de Trento, com a intenção de manter certo poder sobre os católicos."
Agora tente você arriscar umas palavras... Você diria que o texto dá conta de explicar tudo sobre a Reforma? O que há mais para dizer sobre este processo histórico? Você pode explicar, por exemplo, um dos termos ou expressões que aparecem em negrito.
Outra coisa: abaixo, segue o link de uma matéria da revista Aventuras na História. É um bom texto para quem quer saber mais sobre a Reforma.
Clica e vai!
http://historia.abril.com.br/religiao/martinho-lutero-reforma-demolidora-435562.shtml
"A grande Revolta
O monge Martinho Lutero não concordava com alguns pontos da Igreja. Ele elaborou 95 teses denunciando suas irregularidades. O movimento de reformas religiosas teve início no Sacro Império Romano Germânico. Entre os séculos XIV e XVI, o imperador costumava se proclamar “chefe de todos os cristãos”. Contudo, sua autoridade era restrita, pois os príncipes e bispos controlavam o poder local.
Lutero acreditava que poderia existir um mundo onde todos tivessem os mesmos direitos e condições; onde as pessoas pudessem participar dos cultos e fazer suas próprias leituras;
Muitos religiosos viviam no luxo e exploravam as crenças dos fiéis. Vendiam relíquias e indulgências com a promessa de diminuir o tempo de permanência das pessoas no purgatório. Lutero sabia que a Igreja podia melhorar e acreditava nela.
A Reforma Católica é um movimento de reação ao protestantismo. Ela precisava auto-reformar-se ou não sobreviveria. Para isso fizeram o Concílio de Trento, com a intenção de manter certo poder sobre os católicos."
Agora tente você arriscar umas palavras... Você diria que o texto dá conta de explicar tudo sobre a Reforma? O que há mais para dizer sobre este processo histórico? Você pode explicar, por exemplo, um dos termos ou expressões que aparecem em negrito.
Outra coisa: abaixo, segue o link de uma matéria da revista Aventuras na História. É um bom texto para quem quer saber mais sobre a Reforma.
Clica e vai!
http://historia.abril.com.br/religiao/martinho-lutero-reforma-demolidora-435562.shtml
domingo, 1 de agosto de 2010
116 anos difíceis...
Olá turma!
Para retomar nossas atividades neste segundo semestre escolhi o tema da Guerra dos Cem Anos (que durou 116), mas teve alguns períodos de interrupção. Espero que o texto abaixo ajude a compreender o tema. Há também uma novidade por aqui: um trecho de filme que pode ser bem interessante...
No ano de 1337, teve início um conflito envolvendo a Inglaterra e a França: a Guerra dos Cem Anos, que se estendeu até 1453, e que foi a maior guerra européia medieval, tendo por efeito uma série de transformações decisivas para a afirmação do chamado mundo moderno. O crescimento do poder da monarquia francesa esteve diretamente ligado ao crescimento do comércio e das cidades. Mas persistiam ainda as velhas tradições feudais, com as antigas divisões em ducados e condados, com senhores locais poderosos controlando, por vezes, áreas mais extensas que os próprios domínios reais. A Guerra dos Cem Anos tem como um de seus motivos a disputa entre a Inglaterra e a França pela rica região de Flandres (uma parte da Bélgica atual), grande produtora de tecidos de lã. Outro motivo, não menos importante, foi a pretensão de Eduardo III, rei da Inglaterra, de ser também rei da França, pois era neto do monarca que ocupava o trono francês. Como os nobres franceses impediram-no de assumir o trono, ele ordenou aos exércitos ingleses a invasão da França. Nas duas primeiras décadas da guerra, os ingleses ocuparam boa parte do território francês. Isso fez surgir na França um forte sentimento nacional, que colaborou para unir a população francesa. O símbolo desse nascente sentimento nacional francês foi uma jovem camponesa chamada Joana D'arc. Ela convocou os franceses a se unirem ao rei Carlos VII para expulsar os ingleses. O rei, por sua vez, usou parte do dinheiro dos impostos para organizar um exército nacional permanente a serviço da monarquia.
Esta introdução é um bom ponto de partida para entender a Guerra dos Cem Anos e descobrir o que aconteceu a partir de então. Para tornar sua pesquisa ainda mais interessante, uma boa sugestão é assistir ao filme “Joana D’arc”, que conta a história desta heroína dos franceses na Guerra dos Cem Anos. Veja abaixo os dados do filme:
Título: JOANA D’ARC (Joan of Arc, França, 1999)
DIREÇÃO: Luc Besson
ELENCO: Milla Jovovich, John Malkovich, Dustin Hoffman; 124 min.
Veja agora o trailer do filme. □ Clica e vai!
Para retomar nossas atividades neste segundo semestre escolhi o tema da Guerra dos Cem Anos (que durou 116), mas teve alguns períodos de interrupção. Espero que o texto abaixo ajude a compreender o tema. Há também uma novidade por aqui: um trecho de filme que pode ser bem interessante...
No ano de 1337, teve início um conflito envolvendo a Inglaterra e a França: a Guerra dos Cem Anos, que se estendeu até 1453, e que foi a maior guerra européia medieval, tendo por efeito uma série de transformações decisivas para a afirmação do chamado mundo moderno. O crescimento do poder da monarquia francesa esteve diretamente ligado ao crescimento do comércio e das cidades. Mas persistiam ainda as velhas tradições feudais, com as antigas divisões em ducados e condados, com senhores locais poderosos controlando, por vezes, áreas mais extensas que os próprios domínios reais. A Guerra dos Cem Anos tem como um de seus motivos a disputa entre a Inglaterra e a França pela rica região de Flandres (uma parte da Bélgica atual), grande produtora de tecidos de lã. Outro motivo, não menos importante, foi a pretensão de Eduardo III, rei da Inglaterra, de ser também rei da França, pois era neto do monarca que ocupava o trono francês. Como os nobres franceses impediram-no de assumir o trono, ele ordenou aos exércitos ingleses a invasão da França. Nas duas primeiras décadas da guerra, os ingleses ocuparam boa parte do território francês. Isso fez surgir na França um forte sentimento nacional, que colaborou para unir a população francesa. O símbolo desse nascente sentimento nacional francês foi uma jovem camponesa chamada Joana D'arc. Ela convocou os franceses a se unirem ao rei Carlos VII para expulsar os ingleses. O rei, por sua vez, usou parte do dinheiro dos impostos para organizar um exército nacional permanente a serviço da monarquia.
Esta introdução é um bom ponto de partida para entender a Guerra dos Cem Anos e descobrir o que aconteceu a partir de então. Para tornar sua pesquisa ainda mais interessante, uma boa sugestão é assistir ao filme “Joana D’arc”, que conta a história desta heroína dos franceses na Guerra dos Cem Anos. Veja abaixo os dados do filme:
Título: JOANA D’ARC (Joan of Arc, França, 1999)
DIREÇÃO: Luc Besson
ELENCO: Milla Jovovich, John Malkovich, Dustin Hoffman; 124 min.
Veja agora o trailer do filme. □ Clica e vai!
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