quinta-feira, 10 de junho de 2010

Copa do Mundo na África!


Acreditem: a África do Sul ainda é muito dividida. Depois de vencida a divisão institucionalizada, que dava direitos aos brancos e limitava o acesso dos negros e "outras raças" ao trabalho, moradia, uso da terra, educação, serviços de saúde e representação política, resta ainda uma divisão que conhecemos bem aqui no Brasil - a divisão social que ainda mantém a maioria dos negros na periferia do sistema capitalista.
O que vocês não vão ouvir nos telejornais, é que Nelson Mandela se revoltou contra o sistema imposto e se tornou o primeiro comandante de um partido que adotou a luta armada como instrumento de resistência ao regime, em 1961. Ele foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua por alta traição.
Na foto acima, o homem sul-africano comemora a notícia da libertação de Mandela em 11 de fevereiro de 1990. Era a senha para democratizar o país nos anos seguintes.
Mandela é um ícone da luta pelos Direitos Humanos, que em determinado momento tomou medidas radicais, endureceu sua forma de luta, mas sem perder a crença num novo homem capaz de entender as diferenças sem convertê-las em desigualdades.
É por isso, que hoje podemos saudar a Copa do Mundo na África, não como uma guerra entre as seleções dos países como alguns obtusos narradores de televisão querem que a entendamos, mas como um momento de congraçamento entre diferentes povos.
A Copa do Mundo não determina quem é o melhor no futebol. Trata-se de um torneio de sete jogos para quem chega à final. Sua impotârncia é muito maior: é política, e por isso mesmo vale parar o que estamos fazendo para refletir sobre ela.


Vamos aproveitar, vamos curtir a Copa do Mundo de 2010!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Formação de Potugal e Espanha (parte II)



Olá Turma,


Ontem descrevi a formação de Portugal e hoje vamos falar da Espanha.

Observando o mapa ao lado podemos conferir o avanço do Reino de Leão e Castela em diração ao sul da Península Ibérica, o que também acontece com o Reino de Aragão.

Note também que o território de Portugal se amplia bastante e chega ao limite meridional da península.

A Espanha vai concluir seu processo de unificação dos Reinos ao expulsar, em 1492, os árabes muçulmanos do território denominado no mapa de Granada. Este é também o ano em que Colombo cruza o Atlântico, em busca de um novo caminho para as Índias e descobre um novo continente...

A ideia mais forte até aqui, é a de que as lutas dos Reinos de Portugal, de Leão e Castela, e de Navarra e Aragão, pela Reconquista da Península Ibérica, foram determinantes para a formação e unificação dos Estados Modernos de Portugal e Espanha.

Gosto de pensar que é pela negação do elemento estranho (no caso, o muçulmano), que se formam os sentimentos de nacionalidade dos portugueses e espanhóis. Como já discutimos nas aulas, o conceito de nação tem a ver com um sentimento de pertencimento do indivíduo no grupo em que está inserido.
Me parece que esta tese se fortalece quando olhamos para os mapas postados aqui ontem e hoje. O que vocês acham?

Abraço,

Helio.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Formação de Portugal e Espanha (parte I)

Fonte: McEvedy, Colin. Atlas da História Medieval. São Paulo: Cia das Letras, 2007.

Como vimos em nossas aulas sobre o Islã, grande parte da Península Ibérica estava, desde o século VIII, dominada pelos muçulmanos. Na península, os cristãos ocupavam as terras do norte onde se formaram os reinos de Leão, Castela, Navarra e Aragão.
Com as Cruzadas, a partir do século XI, a luta contra os mouros (nome pelo qual eram chamados os muçulmanos instalados na Península Ibéria) começou a ter resultado.
Esta luta, chamada de Reconquista, é o motor que movimenta a formação dos territórios de Portugal e Espanha. Pode-se dizer que é na luta contra os árabes muçulmanos que se fortalece um sentimento de identidade, por um lado, de portugueses e, por outro, de espanhóis.
O rei de Leão e Castela, em reconhecimento a um nobre que lutava contra os mouros, doa a ele o Condado Portucalense.Este nobre, Afonso Henriques, senhor do condado, que deveria obedecer as leis de suserania e vassalagem, revoltou-se contra seu suserano e declarou-se rei! No entanto, continuou a luta contra os mouros. Ajudado pelos soldados da Segunda Cruzada, que passava pelo litoral português, conseguiu libertar Lisboa dos muçulmanos e a cidade passou a ser a capital do Reino de Portugal.
O rei português controlou os nobres e aproximou-se dos burgueses, protegendo o comércio. Em meados do século XIII, Portugal estava completamente formado: a conquista do território terminara e o país era governado por um rei fortalecido. Nenhum monarca europeu, naquele momento, vivia uma situação igual.
Observe no mapa o processo de Reconquista: na primeira imagem os cristãos estão restritos ao norte da península; na segunda imagem, mais da metade do território foi conquistado. Já é possível localizar Portugal e as importantes cidades do Porto e de Lisboa.
Na próxima postagem, explico melhor a formação do Reino da Espanha.
Abraço!

Piada pronta: o Tocha Humana!


Salve meninas e meninos!
Escrevo para informar que me recupero bem e, também, para agradecer as mensagens de carinho e apoio. Aproveito para expressar a falta que tenho sentido do colégio, de modo geral, e de vocês em particular. Logo estarei apto para o trabalho e nos veremos em muito breve.
Mais uma vez, agradeço a preocupação de todos e espero que a distância seja um fator de motivação, para que retomemos os estudos a fim de concluirmos o semestre da melhor forma possível.
Grande abraço!
Helio de Moraes.