A Unesp (Universidade Estadual Paulista) aplicou neste domingo (8) a prova da primeira fase de seu vestibular 2010. O curso e colégio Objetivo elaborou a correção comentada do exame, que foi encerrada às 22h03.
Resolvi postar duas questões aqui, para você ver como o bicho que parece que tem sete cabeças, só tem oito! Brincadeira...
Agora falando sério: leia estas questões e veja como é bem possível resolvê-las a partir do conteúdo que estudamos no nosso curso de história.
(UNESP-2010) A propósito da expansão marítimo-comercial européia dos séculos XV e XVI pode-se afirmar que:
(A) a igreja católica foi contrária a expansão e não participou da colonização das novas terras.
(B) os altos custos das navegações empobreceram a burguesia mercantil dos países ibéricos.
(C) a centralização política fortaleceu-se com o descobrimento das novas terras.
(D) os europeus pretendiam absorver os princípios religiosos dos povos americanos.
(E) os descobrimentos intensificaram o comércio das especiarias no mar mediterrâneo.
Resolução: O grande desenvolvimento do comércio resultante da expansão marítima européia permitiu aos reis aumentarem sua arrecadação de tributos, permitindo-lhes fortalecer o próprio poder e consolidar o absolutismo. (C)
(UNESP-2010)
(...) como puder, direi algumas coisas das que vi, que , ainda que mal ditas, bem sei que serão de tanta admiração que não se poderão crer, porque os que cá com nossos próprios olhos as vemos não as podemos com o entendimento compreender.
(Hernán Cortés. Cartas de Relación de la Conquista de Mexico, escrituras de 1519 a 1526.)
O processo de conquista do México por Cortés estendeu-se de 1519 a 1521. A passagem acima manifesta a reação de Hernán Cortés diante das maravilhas de Tenochtitlán, capital da Confederação Mexica. A reação dos europeus face ao novo mundo teve, no entanto, muitos aspectos, compondo admiração com estranhamento e repúdio. Tal fato decorre:
(A) do desinteresse dos conquistadores pelas riquezas dos Astecas.
(B) do desconhecimento pelos europeus das línguas dos índios.
(C) do encontro de padrões culturais diferentes.
(D) das semelhanças culturais existentes entre os povos do mundo.
(E) do espírito guerreiro e aventureiro das nações européias.
Resolução: A conquista dos impérios pré-colombianos pelos espanhóis significou, entre outros aspectos, um choque de civilizações que pouco tinham em comum – o que resultou no esmagamento de uma pela outra. (C)
domingo, 8 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Índios brasileiros foram foco de estudo de Lévi-Strauss
É uma triste coincidência: bem nos dias que estamos voltando nosso olhar sobre os índios brasileiros, eles viram capa dos principais jornais devido à morte de Claude Lévis-Strauss.
Veja abaixo, um pouco da repercussão na Folha de São Paulo de hoje sobre o assunto.
"O antropólogo francês Claude Lévi-Strauss [pronuncia-se Clôde Lêvi Strôss] morreu na madrugada do último sábado para domingo, a menos de um mês do seu 101º aniversário. O funeral e enterro do antropólogo já foram realizados discretamente, a pedido da família, que não queria a presença da imprensa.
Filho de franceses, o antropólogo nasceu em Bruxelas, na Bélgica, em 1908. Tímido, era apaixonado por música clássica, especialmente óperas. Lévi-Strauss lançou as bases da antropologia moderna.
Partiu de Marselha, em 1935, em direção a um Brasil desconhecido. Em 1936, pesquisou os caudiuéus e os bororo e, em 1938, os nambiquara.
O antropólogo participou do grupo de professores franceses que ajudou a criar, nos anos 30, a Universidade de São Paulo, símbolo de certa modernidade brasileira e ainda hoje a melhor instituição de ensino e pesquisa no país.
O contato de Lévi-Strauss com diferentes populações indígenas do país, em expedições ao então remoto oeste brasileiro na segunda metade da década de 1930, forneceram material rico, bom para pensar, que contribuiria decisivamente para sua obra futura.
Esse "Brasil" com que tanto aprendeu Lévi-Strauss é constituído justamente pelos brasileiros que, ao longo de todo o século 20, o país teimou em esconjurar, em negar -o Brasil das dezenas de grupos indígenas que não desapareceram e que, pesquisas demográficas recentes demostram, voltou a crescer e está aí para ficar."
CÍNTIA CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS.
RAFAEL CARIELLODA
REPORTAGEM LOCAL
Veja abaixo, um pouco da repercussão na Folha de São Paulo de hoje sobre o assunto.
"O antropólogo francês Claude Lévi-Strauss [pronuncia-se Clôde Lêvi Strôss] morreu na madrugada do último sábado para domingo, a menos de um mês do seu 101º aniversário. O funeral e enterro do antropólogo já foram realizados discretamente, a pedido da família, que não queria a presença da imprensa.
Filho de franceses, o antropólogo nasceu em Bruxelas, na Bélgica, em 1908. Tímido, era apaixonado por música clássica, especialmente óperas. Lévi-Strauss lançou as bases da antropologia moderna.
Partiu de Marselha, em 1935, em direção a um Brasil desconhecido. Em 1936, pesquisou os caudiuéus e os bororo e, em 1938, os nambiquara.
O antropólogo participou do grupo de professores franceses que ajudou a criar, nos anos 30, a Universidade de São Paulo, símbolo de certa modernidade brasileira e ainda hoje a melhor instituição de ensino e pesquisa no país.
O contato de Lévi-Strauss com diferentes populações indígenas do país, em expedições ao então remoto oeste brasileiro na segunda metade da década de 1930, forneceram material rico, bom para pensar, que contribuiria decisivamente para sua obra futura.
Esse "Brasil" com que tanto aprendeu Lévi-Strauss é constituído justamente pelos brasileiros que, ao longo de todo o século 20, o país teimou em esconjurar, em negar -o Brasil das dezenas de grupos indígenas que não desapareceram e que, pesquisas demográficas recentes demostram, voltou a crescer e está aí para ficar."
CÍNTIA CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS.
RAFAEL CARIELLODA
REPORTAGEM LOCAL
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