Olá queridos!
Escrevo hoje, para dividir com vocês minhas impressões sobre um texto deste historiador inglês que tanto me anima. Eric Hobsbawm nasceu em 1917, o ano da Revolução Vermelha, e já dura muito mais tempo que o Estado que se produziu com aquela revolução. Ele está muito vivo e escrevendo com a lucidez que faltou aos sucessores de Lênin.
Em artigo publicado pela Folha de São Paulo, no Caderno Mais!, de 5 de outubro de 2008, Hobsbawm escreve o que chama de "uma história da Europa". O título já é muito rico, pois dá pista de que podem existir várias histórias e não apenas "a" história da Europa. É uma clara referência ao movimento que existe no pensar e escrever sobre os processos históricos. É uma declaração de humildade, de uma autoridade em história, que não pretende escrever a história definitiva da Europa, mas uma leitura possível.
O artigo discute as escolhas de cartógrafos, historiadores e geógrafos, ao darem nomes às coisas que descrevem. Trata com erudição a questão da descoberta da Europa como continente, das tentativas de formação de uma identidade do ser europeu, e de como essa identidade nasce, em alguma medida, do des-encontro de espanhóis, portugueses, ingleses, holandeses e franceses com os povos indígenas do Novo Mundo.
Para Hobsbawm, o Europeu ao descobrir a América, descobre a Europa!
O texto, que originalmente e na íntegra, foi publicado no jornal "Le Monde", é uma dica de boa leitura para alunos que queiram brincar de entender alguns movimentos da história.
Um abraço.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Assinar:
Postagens (Atom)