segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ascensão do Fascismo

Alunos do 12º ano, segue abaixo o trabalho de fichamento do texto que é parte do livro "Mussolini e a Ascensão do Fascismo", do historiador Donald Sassoon. O fichamento foi enviado pelo aluno Guilherme Cipriano. Esclarecimentos e dúvidas podem ser postados no campo destinado aos comentários. Abraço!

Ascensão do fascismo  
Fichamento :
  • Marcha sobre Roma – Mussolini é designado primeiro ministro; o Duce fingia ter tomado o poder pela força; ideia de Revolução (Camisas negras);
  • Um novo estilo de Revolução.
  • Estado dos italianos – Império em formação – Século de Mussolini .
  • “Revolução Fascista” fracassa – Mussolini = marionete nazista.
  • Mussolini foi criado pela história.

O texto de Donald Sasson trata do surgimento do fascismo com Mussolini, mostrando o cenário em que surgiram os motivos de sua ascensão.
Mussolini foi designado primeiro ministro, o futuro Duce, cargo dado a ele pelo rei Vitor Emanuel III.  Mussolini, embalado pela Revolução Bolchevique, fingia que o cargo havia sido tomado pela força e não designado a ele, a fim de dar um caráter revolucionário e heroico ao seu governo. Ele dizia que os Camisas Negras tomaram todo o território italiano e tratava sua designação como sendo “ato inquestionavelmente revolucionário”.
O Estado em formação e o Império do novo Duma geram um regime criado pela própria nação, o Estado dos italianos.
Vinte anos depois,  Mussolini se encontra derrotado, sendo apenas uma marionete nazista, e a Itália fracassa. Mussolini assume que sua Revolução não foi o melhor caminho para o Fascismo.
Tendo o apoio da imprensa, Mussolini inicia um novo modo de governar, um governo forte e ditatorial, pois a Itália, naquele cenário, não poderia ser governada por um governo normal, pois não era mais  um Estado normal.
A ascensão de Mussolini se torna inevitável já que a imprensa internacional era  favorável a ele, para evitar o comunismo. Churchill, em uma visita ao Duma, encantado com o Estado, afirma que se fosse italiano estaria com Mussolini.

“Mussolini não teria feito história se não fosse construído pela história”.  Com o mundo evitando o comunismo e com os liberais, a monarquia e a igreja com olhos vendados, criou-se o cenário perfeito para um homem cheio otimismo e convicção:  Mussolini.

Nazismo - a grande guerra das raças

German soldier from ww2. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:German_soldier_from_ww2.png

Aos alunos do 12º ano: segue abaixo o trabalho de fichamento do texto "Nazismo - a grande guerra das raças", dos alunos Matheus Duarte, Matheus Souto, Rodrigo Lowy, Patrick De Simone e Gustavo Kenzo.


A guerra era a concepção política em que todo o nazismo se apoiou. Um objetivo constante para Hitler, que se referia a ela como “eterna”, ou até mesmo “cotidiana”. Os nazistas aceitaram como verdade absoluta que o avanço só vinha com guerra. Eles explicavam que a guerra era o único meio dos alemães ocuparem seu espaço vital de superioridade. Ou seja, para matriz ideológica nazista era vital uma guerra.
Para que a guerra fosse atiçada no coração do povo alemão, era preciso que fosse colocado em suas cabeças que eles eram um povo que estaria sendo oprimido por outro, como os judeus, os russos, etc. Povos estes que eram indicados como inferiores.
Mas como fazer o povo acreditar que estaria sendo oprimido? A táctica de Hitler se baseou em martelar diversas vezes essa concepção falsa nas cabeças dos alemães, até que estes acreditassem. Para isso foi usado inúmera propaganda chamativas que passavam uma mensagem forte, onde o racismo e a necessidade de aniquilação de um suposto “opressor” não se escondiam.
Mas era necessário algo mais implícito também, algo escondido nas mais variadas formas de arte. Pinturas, esculturas, músicas e até mesmo cinema foram usados para manipular e fixar uma ideia de que o povo alemão estava sendo oprimido. Muitas dessas obras ressaltavam Hitler como um líder e como alguém que precisa ser seguido, como na imagem que o mesmo fora retratado como um cavaleiro teutônico, com armadura e bandeira com cruz gamada na mão direita... Fato que não bate com a realidade, já Hitler jamais havia montado a cavalo. Essas obras chamavam atenção para a paixão pela guerra, que Hitler usava como pilar político, e iminência do combate, além de mostrar o perfil narcisista de Hitler.
Tudo isso foi feito para invocar o espírito guerreiro e patriótico alemão, e explicitar a glorificação da guerra e do heroísmo que o nazismo primava.
É interessante perceber que, ao perder a guerra, Hitler retirou tudo que havia falado da superioridade alemã em relação aos outros povos, argumentando que os alemães não estiveram à altura de sua missão, cabendo a vitória ao povo mais forte e decidido, o russo.
Os homens supérfluos
Politica do terror nos campos e na sociedade para produzir um “cidadão-modelo do Estado totalitário”


“finalidade” principal foi perdida (caráter experimental) tornando-se uma máquina de morte.


SA: primeiros campos de concentração (administração irracional e sádica).


SS: antes apenas guarda de Hitler, tornou-se a principal força do exército nazista.
  • Orientação racional de exploração e destruição física e moral dos seres humanos.
  • Usavam a violência para forçar o dominado a desejar sua submissão e abandonar sua identidade.
  • Tinham funções políticas e administrativas (confisco de terras, política de colonização, extermínio de pessoas nos territórios conquistados, setores da economia e administração do país).


Perseguidos: Presos políticos, grevistas e sabotadores; mais tarde também entraram neste grupo: judeus, ciganos, presos comuns, doentes mentais, padres e clérigos, e homossexuais.
Os dominados eram diferenciados triângulo colorido, com objetivo de desmoralizar os diferentes grupos (para haver um rebaixamento de níveis entre eles mesmos e evitar o cooperativismo).


Números: 18 milhões de pessoas passaram pelos campos.
    -11 milhões morreram
    - 6 milhões eram judeus
Auschwitz-Birkenau foi o “principal” centro de triagem dos judeus (2 milhões mortos) e um dos maiores campos de concentração.
- um complexo industrial foi construído, dirigido pela SS.
"O envenenamento vai crescendo continuamente..."


O Antissemitismo já existia (de forma mais moderada), mas antes o inimigo número um era o socialismo. O Nazismo muda essa ordem.


Propagandas eram eficientes, convenciam as pessoas de que os judeus eram os culpados pelo estado caótico do país.


Imagem destrutiva do judeu: quando comerciante, explorava os trabalhadores e quando operário, incitava os companheiros a entrar em greve.


A violência era encorajada pelas autoridades (assim não ficavam com sentimento de culpa, aliás, achavam que estavam certos).


Os comandados submetiam-se prazerosamente às autoridades. Eles as tinham como inquestionáveis.


A história da Alemanha passa a ser contada como um mito.

Hitler acreditava que era preciso haver a morte da raça impura para q ela não viesse a contaminar/prejudicar a raça pura no futuro.

Se a Alemanha não ganhasse a guerra o povo alemão deveria ser destruído e também deveria destruir tudo: contabilidade bancária, silos, fábricas, fazendas. Tudo isso era chamado de política "terra arrasada".


O direito a morte das pessoas da raça impura foi tirada delas por Hitler.

Nazismo - o triunfo da vontade


Olá alunos do 12º ano, segue abaixo o trabalho de  fichamento feito pelos(as) alunos(as) Bárbara Farias, Fernanda Lopes, Matheus Pepe e Lilian Raymundo:

O livro “O triunfo da Vontade” de Alcir Lenharo, tem o nazismo como tema principal e dele podemos retirar um trecho, que argumenta sobre o papel da massa popular no governo totalitário de Hitler.  
A primeira parte do texto, chamada “A Celebração das Massas” fala sobre o uso de todos os eventos, desfiles e manifestações com a participação do povo para mobilizar as pessoas a favor do nazismo e acabar com o senso crítico da população.
Hitler acreditava que todos deveriam pensar no bem do estado, respeitá-lo obedecendo às ordens, sem questionamentos.. 
Estes espetáculos reforçavam o nazismo, pois mobilizando as massas, os soldados perdiam o medo da possibilidade de ter que lutar contra o povo. O uso do uniforme, por exemplo, dava a impressão de uma comunidade unida e solidária. Os que não participavam dos eventos deveriam se sentir culpados por não fazer parte de uma sociedade tão maravilhosa.
Hitler também elaborou um símbolo para seu governo, o símbolo da suástica. Ele lembrava uma cruz em movimento, que simbolizava a energia, a luz e o caminha da perfeição. 
Todos os acontecimentos eram organizados nos mínimos detalhes pelo próprio ditador e ganharam um sentido de ritual, pois aconteciam sempre da mesma forma, com os mesmos hinos nazistas. Essas músicas, cantadas pelo povo presente, eram tomadas pelo sentimento do único e coletivo, e o individualismo desaparecia. Dois exemplos são "Deutschland über Alles" e "Hort Wessel Lied".
Foram até construídos templos monumentais nazistas, o maior deles fica em Nuremberg e se chama Zeppelinfeld.
Com o tempo, estes eventos foram desenvolvendo cada vez mais um caráter de culto religioso, onde o militante era visto como parte desta religião hitlerista. E onde o massacre da liderança da SA pode ser comparado com o ritual do batismo de sangue, por exemplo, no cristianismo.

A Segunda parte do texto, “O Culto dos Mortos e dos Vivos”, aborda os seguintes aspectos:
  • Cerimônias fúnebres noturnas que tinhas recursos ligados à religião;

  • Comemoração em homenagem às vítimas do Putsch de Munique (1923);

  1. Reprodução do Putsch em 09/11/1935
  2. Recursos teatrais usados para mostrar apenas o que convém – manipulação da população

  • Discursos grandiloquentes ligados à religiosidade e a purificação da nação;

  • O ritual da consagração da nova bandeira alemã, que era visto como uma transfusão mística fazendo analogia a consagração do pão;

  • A celebração das honras fúnebres, onde Hitler era visto como um Deus com sua missão redentora (“No ponto alto do espetáculo, o grande sacerdote mantinha-se imóvel”);

  • Hitler se apresentando como um grande guia condutor da fé, o que torna o Estado sagrado;

  • Forjador da vontade coletiva, apropriador de vontades, a quem se obedece cegamente, o que torna o Estado sagrado;

  • Como Hitler era visto aos olhos dos fiéis: “Sua vontade é efetivamente a vontade de Deus”, ”novo Redentor”, “como um Deus descendo sobre a Terra”;

  • Através da teatrologia política as pessoas eram convencidas de que o que o Estado fazia era da vontade de todos e para o bem da nação, mesmo que ia contra a razão.