quinta-feira, 25 de junho de 2009

Todorov e Ridley Scott

Eu roubei um livro. Era de uma namorada minha, na época ela já era historiadora e eu estudante. Tenho-o até hoje e guardo, é verdade, um certo carinho por ele. O autor é Tzvetan Todorov, o livro "A conquista da América".
Falo dele hoje, por que amanhã, na aula de história, vocês verão o "1492 - A conquista do paraíso", filme dirigido por Ridley Scott, que é diretor do também recomendado "Blade Runner".
Embora tratem do mesmo tema - a chegada dos Europeus na América - as abordagens são distintas. Até mesmo, devido às diferenças importantes que existem entre uma produção cinematográfica e a produção de um livro de história.
Uso este espaço para dar voz ao Todorov e sua questão principal no livro: a questão do outro! Em sua primeira linha ele deixa claro: "Quero falar da descoberta que o eu faz do outro".
O autor escolhe falar da descoberta e da conquista da América, a partir da percepção que os espanhóis têm dos índios. Ele descreve a guerra, os horrores, a impossibilidade de se ver como um igual, a necessidade de salvar as almas dos selvagens com a fé cristã, a busca pelas riquezas e a contradição entre essas duas últimas idéias que citei aqui.
Levo o filme e o livro para a sala de aula. Faremos leituras dos dois. Vamos ver se um consegue enxergar o outro no seu próprio corpo...

Abraço e até lá!

16 comentários:

  1. João Pedro Borges Santos, 7°C26 de junho de 2009 às 16:59

    Hélio,
    Pelo que entendi a temática deste filme tem muito a ver com um certo trecho da postagem que fez sobre Howsbaun, em 2008. Eis o trecho a que me refiro "Trata com erudição a questão da descoberta da Europa como continente, das tentativas de formação de uma identidade do ser europeu, e de como essa identidade nasce, em alguma medida, do des-encontro de espanhóis, portugueses, ingleses, holandeses e franceses com os povos indígenas do Novo Mundo."
    Bom, então pode-se afirmar que o desentendimento dos europeus com os índios é um dos fatores para a criação de um sentimento europeu naquela época?
    Pode-se dizer que é por essa separação que se forma entre europeus e indígenas que Europa e América tiveram tantos desentendimentos?
    você acha que isso foi bom para eles de algum modo ( acredito que deve ter sido ) ou foi apenas ruim para os doi lados?

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  2. Nossa Hélio...
    Essa história é verdadeira?
    Hahah...bemn que o Aldo disse que tem uma foto sua fazendo isso!
    Brincadeira...
    UH...quando faremos a leitura desses livros?

    Abraço.

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  3. Ah Hélio,
    Isso é...roubar o livro da sua namorada viu!

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  4. Vinicius Yochida 7ºD5 de julho de 2009 às 18:50

    Oi Hélio,
    Quando eu li que você robou o livro da namorada eu fiquei meu assustado, mas você gardou bem o livro e é muito legal fazer isso, pois livros são estudos que você pode levar no dia a dia.

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  5. oi Helio aqui é a carla do 7ºF achei interessante você ter roubado o livro da sua namorada afinal um conhecimento ha mais sempre vale a pena não?! estou com saudades Beijos

    ps: Andei pesquisando diverentes coisas sobre historia depois gostaria de trocar uma ideia com você

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  6. Helena Horikawa 7ºD14 de julho de 2009 às 17:34

    Hélio,
    achei o post muito legal e achei o filme muito interessante como eles navegavam nos mares antigamente. Achei estranho você roubar algo de uma pessoa mas pelo que você disse o conteúdo parece ser bem interessante.

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  7. aiin helio, queria ler o livro que vc robo... hahha.. mais seerio, deve ser bem interessante, assim como o filme...

    ps: vc eh o melhor helinho k3

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  8. Oi, Hélio, é o Fernando do 7o B. Conquista do paraíso mesmo foi ir à Fernando de Noronha !!!! Mas além de mergulhar com tubaraões e ver golfinhos também fui conhecer a história da ilha e as estórias da pessoas de lá, onde tenho um grande amigo !!!!

    Abraço,

    Fernando

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  9. não acredito que vc robou o livro(tá acredito),mas da namorada?quando for roubar outro livro rouba da bibliotec é mais facil,

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  10. Guilherme R. Macedo Menezes - 7º F20 de julho de 2009 às 20:45

    Prof. Hélio,
    Estava conversando com minha mãe, que fez faculdade de direito. Ela disse que estudou a idade média na faculdade. Ela me falou sobre as ordálias, em que o réu era colocado em aparelhos de tortura e se ele resistisse, era considerado inocente. Torturavam as pessoas como meio de buscar a verdade.Um autor que ela leu disse que os métodos variavam muito, mas em regra consistiram na ‘prova do fogo’ ou na ‘prova da água’. Por exemplo, o réu devia transportar com as mãos sem proteção, por determinada distância, uma barra de ferro em brasa. Enfaixavam depois as feridas e deixavam passar certo número de dias. Passado os dias, se as queimaduras tivessem desaparecido, considerava-se inocente o acusado; se estivessem infeccionadas, isso demonstrava a sua culpa. Também existia a‘prova da água’, em que o réu devia por exemplo colocar, durante o tempo fixado, seu braço numa caldeira cheia de água fervente.
    Os julgadores esperavam que o culpado, por medo da ordália, preferisse desde logo confessar o crime de que era acusado.
    O acusado não podia ter advogado e o julgamento era secreto. As penas variavam de acordo com a classe econômica do acusado.
    Eu achei essas coisas absurdas. Além do que não tem nada a ver dar uma pena pela classe social da pessoa.
    A Justiça de hoje é mais inteligente, mas ainda dá para melhorar.
    É óbvio que muita gente naquela época confessou crime que não fez para não sofrer.
    Falou
    Guilherme R.M. Menezes - 7º F

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  11. Hélio, eu não tive a oportunidade de assistir ao filme que você falou. Ele deve ser muito interessante, e estou animada para vê-lo na volta às aulas.
    Eu estou lendo aquele livro, de Jacques Le Goff (A idade média explicada aos meus filhos), e estou tirando muito proveito da leitura. O modo como o autor põe suas ideias no papel, colocando perguntas como se fosse uma aula ou uma conversa sobre história,é muito bem bolado, e traz maior compreeção dos assuntos discutidos.
    Mas agora vamos falar sobre a sua situação. Você roubou um livro da sua namorada?! Coitada!
    Custava pedir emprestado...(hihihi)
    Abraço

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  12. Nossa Hélio....
    Roubando livros?!?!?
    Que feio!
    Você poderia levar o livro pra escola né?
    Eu adoraria conhecer o livro e um pouco mais sobre ele!
    beijao

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  13. roubando livros e ainda da namorada!!
    q feio em...
    Abraco

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  14. Bom, se vc roubou o livro da sua namorada, vcs jah deveriam tar akabando neh ;)
    Se ela virou sua esposa, num pode acessar o blog! aposkasopskpaoskoaposkoa

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  15. Oi Hélio,
    Tudo boom?
    Quando li essa postagem fiquei um pouco assustada! :/
    Meo professor roubando livro? Ainda da namorada? E ainda por cima postando na internet essa história.. :?
    hahah.. Por outro lado é bem legal vc ter guardado o livro até hoje e ter recibido algum tipo de conhecimento a partir dele !
    Eu não gostava de história até ano passado por que não era POSSÍVEL prestar atenção numa aula tão chata entediante como a que eu e outros alunos tinhamos ano passado!!
    Agora eu amo história.. acho bem interessante...
    Ah.. eu nao me lembro de vc ter levado esse livro pra minha sala (7º C) !??!?!
    O que agora estou curiosa para descobrir é como que essa história do filme acaba!
    O que acho bem interessante nos europeus de antigamente e que como nessas férias (Julho 09) fui para a Inglaterra *-* e continuei percebendo o mesmo comportamento dos europeus de antigamente é a COMPETITIVIDADE que eles têm, principalmente quando se refere a "honrar" seu país (apesar de que todos, de todos os paises sentem esse comprometimento de honrar seu país; mas a dos europeus são de assustar ¬¬).
    Bom.. essa foi só uma observação besta, ou talvez não que fiz a partir de minhas aulas (com vc) e a partir de minha viagem!

    Um abraço!

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  16. Olá Rafaella,

    Que bom que você está "descobrindo" algum prazer em estudar história. Isso é, para mim, muito gratificante, acredite!
    Sobre a sua observação, é muito bacana você dividir a sua experiência, aqui no blog conosco. Tem um filósofo chamado Jorge Larrosa que defende a idéia de que experiência é algo que nos transforma de alguma maneira. Torço para que você tenha sentido algo assim nessa sua aventura pelas terras dos bretões...

    Abraço,
    Helio.

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